As autoridades identificaram o primeiro caso presumível de varíola no sul da Flórida no condado de Broward no domingo, 22. Agora, especialistas analisam a doença que já registra o maior surto já visto fora da África, com pelo menos 190 casos confirmados ou suspeitos em todo o mundo.
A possibilidade de propagação do vírus é baixa, mas pode ser perigosa, salientam as autoridades de saúde.
A varíola humana se tornou a primeira doença erradicada da história há mais de 40 anos, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) certificou seu fim em 1980, após uma bem-sucedida campanha de vacinação global, informa a BBC News.
Agora, a varíola dos macacos está causando o maior surto da doença já visto na Europa e cientistas estão investigando o que está acontecendo.
Especialistas apontam que esta versão é muito mais branda e menos contagiosa do que a versão humana da doença.
O possível caso em Broward surge depois de casos relatados em Massachusetts e New York no final de semana. As autoridades identificaram, localizaram e isolaram o paciente e estão passando pelo processo de rastreamento de contato para identificar qualquer pessoa potencialmente exposta ao patógeno.
Eles ligaram o suposto caso Broward a viagens internacionais.
“É um vírus que normalmente é encontrado em locais na África”, disse Sarah LaRosa. “Geralmente é transmissão de animal para humano, mas pode haver casos de transmissão de humano para humano; geralmente é com contato muito próximo.”
LaRosa, diretor médico da sala de emergência do HCA Florida University Hospital em Davie, disse que os sintomas geralmente começam com febre e sintomas semelhantes aos da gripe e, eventualmente, progridem para uma erupção cutânea.
“As pessoas desenvolverão uma erupção cutânea em qualquer lugar de um a três dias, no máximo cinco dias após o início da febre”, disse ela.
As pessoas precisam ter exposição prolongada ou contato direto com as lesões para contrair a varíola dos macacos. As pessoas também podem pegar varíola por contato com algo que tenha fluido das lesões.
O vírus se espalha por contato próximo e, embora não seja altamente contagioso, pode ser perigoso. As mortes, no entanto, são incomuns.
“É um vírus, então precisa seguir seu curso com tratamento de suporte, mas existem alguns medicamentos antivirais que podem ser usados para tratá-lo”, disse LaRosa.
Especialistas disseram que, apesar da baixa probabilidade de disseminação, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças permanecem em alerta máximo. Com informações do Local 10.
