Segundo caso suspeito de varíola do macaco da FL é relatado em Broward

Por Arlaine Castro

Embora a varíola seja a mais recente ameaça viral potencialmente enfrentada pela Flórida, ela é significativamente menos infecciosa que a COVID-19, disse o Dr. Joshua Lenchus, diretor médico interino da Broward Health.

O segundo caso suspeito de varíola na Flórida está sendo monitorado no condado de Broward, disseram autoridades de saúde na segunda-feira, 23, enquanto tentam aumentar a conscientização pública sobre a doença viral “extremamente rara”.

Embora a varíola seja a mais recente ameaça viral potencialmente enfrentada pela Flórida, ela é significativamente menos infecciosa que a COVID-19, disse o Dr. Joshua Lenchus, diretor médico interino da Broward Health.“É algo que devemos estar cientes, mas não algo pelo qual devemos alterar nosso modo de vida”, disse Lenchus durante uma entrevista coletiva.

Como qualquer outra doença, ela é mais perigosa em pessoas com sistemas imunológicos fracos, doentes ou que tomam medicamentos que podem suprimir uma resposta imune.

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças e o Departamento de Saúde da Flórida em Broward estão trabalhando juntos para investigar os dois primeiros casos suspeitos de varíola do macaco, ambos relatados no condado.

As duas pessoas em Broward permanecem isoladas e o risco de exposição permanece baixo, disse o departamento de saúde em um comunicado à imprensa.

Nos EUA, até esta terça-feira, 24, há cinco casos confirmados ou prováveis. O CDC confirmou um caso de varíola em Massachusetts e quatro outros casos de ortopoxvírus, a família de vírus da varíola do macaco e da varíola, foram confirmados em Nova York, Flórida e Utah. Todos em homens.

Varíola do macaco

A varíola do macaco (Monkeypox, em inglês) é comumente transmitida através de contato próximo com alguém que está infectado. Cerca de três dias após esse contato, uma pessoa infectada geralmente desenvolve febre, às vezes seguida por uma erupção cutânea que pode parecer varicela.

A diferença é que a varicela tende a seguir um padrão linear no peito, estômago ou costas. Já essa doença começa com erupções no rosto ou na cabeça, às vezes na boca, e desce pelo corpo.

As pessoas infectadas com varíola são mais contagiosas enquanto têm a erupção cutânea. O vírus se espalha através de gotículas respiratórias, especialmente de alguém que tenha lesões na boca, através de fluidos e secreções corporais e por contato direto próximo ou contato indireto, como lençóis ou roupas de cama infectados.

Especialistas do CDC explicaram que, embora a varíola não seja uma doença sexualmente transmissível, ela pode se espalhar durante a atividade sexual e pode até parecer herpes ou sífilis.

Vacina

O último surto de varíola nos EUA foi em 2003, quando 47 pessoas foram infectadas em seis estados. Desde então, os EUA não viram nenhum caso e o vírus foi erradicado.

Aqueles que tomaram a vacina contra a varíola têm alguma imunidade contra a atual por causa da familiaridade. E para aqueles que não foram vacinados, os profissionais médicos podem administrá-la a um paciente infectado com a doença para evitar que seus sintomas se tornem mais graves.

Existem também tratamentos com imunoglobulina intravenosa, e alguns pacientes podem nunca precisar de tratamento.

O governo federal planeja distribuir vacinas e tratamentos médicos para os contatos próximos de pessoas infectadas, disseram em entrevista coletiva funcionários do Centros para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

Fonte: Sun Sentinel e AFP.