160 pessoas são presas por tráfico humano em operação na Flórida

Por Arlaine Castro

As prisões da operação "Fall Haul 2" incluíram professores, um agente penitenciário estadual e um funcionário da Disney, disse o xerife Grady Judd.

O Gabinete do Xerife do Condado de Polk e outras agências prenderam 160 pessoas em uma operação de sete dias focada no tráfico de pessoas e prostituição na Flórida. Sete dos detidos são suspeitos de estarem no país ilegalmente.

As prisões da operação "Fall Haul 2" incluíram professores, um agente penitenciário estadual e um funcionário da Disney, disse o xerife Grady Judd. Vinte e seis dos acusados eram homens casados e 15 das prisões envolveram pessoas de fora da Flórida, incluindo um vice-chefe de polícia da Geórgia, Jason DiPrima, que tentou contratar um detetive disfarçado fingindo ser uma prostituta com US$ 180. Após a prisão, ele renunciou ao seu cargo no Departamento de Polícia de Cartersville.

Um agente penitenciário da Lake Correctional Institution, Keith Nieves, de 24 anos, de Orlando, também foi preso depois de tentar fazer sexo com uma prostituta que era um detetive disfarçado, de acordo com o escritório do xerife.

Ligados à Disney foram presos Guillermo Perez, 57, de Winter Garden, carregador de malas no hotel, que tentou fazer sexo com um detetive disfarçado por US$ 80, e Samy Claude, 26, de Orlando, que trabalha como fotógrafo e muitas vezes foi contratado pela Disney.

Outro suspeito, o professor Cameron Burke, de 43 anos, de Ocoee, já estava sob fiança depois de ser acusado de fazer sexo com um estudante de 15 anos na Oak Ridge High School, em Orange County. Ele trabalhava na escola como técnico de informática na época do suposto crime.

Dois professores atualmente empregados também foram pegos tentando se envolver em atos sexuais com uma prostituta. O professor de matemática Carlos Gonzalez, de 34 anos, alegou que ia apenas dar dinheiro às duas prostitutas e sair sem fazer sexo, mas foi preso mesmo assim, e John Layton, de 26 anos, trabalha como instrutor de educação física na West Orange High School, em Orange County e foi pego depois de tentar pagar a alguém disfarçado US$ 40 por um ato sexual.

O xerife destacou o incentivo à prostituição e o sofrimento das vítimas do tráfico de pessoas que são usadas como profissionais do sexo.
Durante a investigação, foram identificadas duas vítimas de tráfico humano, juntamente com outras cinco possíveis vítimas. O xerife disse que pode haver mais pessoas presas por prostituição, mas elas devem se apresentar. Uma das vítimas, uma mulher grávida de 10 semanas, teria recebido drogas e fentanil para abortar.

One More Child, Heartland for Children, My Name My Voice e a Children's Home Society of Florida trabalharam com o escritório do xerife para fornecer apoio às vítimas.

Se uma pessoa presa por prostituição se apresentar como vítima de tráfico de pessoas, a lei da Flórida permite que as autoridades apaguem sua prisão do registro público.