Miami e Orlando entram em ranking de pior tráfego geral dos EUA

Orlando também aparece com dois piores corredores de tráfego do país.

Por Arlaine Castro

Motorista em Orlando, Chris Carloto, que junto com o marido opera a Carloto Shuttle and Rental Cars, confirma que a I-4 é a pior na região.

As cidades da Flórida estão enfrentando um aumento no congestionamento de tráfego, com Miami ocupando a 9ª posição mundial para cidades com o pior tráfego no INRIX Global Traffic Scorecard 2022, um salto notável de sua 32ª posição em 2021, analisou o The Capitolist.

Os motoristas de Miami sofreram um atraso médio de 105 horas em 2022, 59% de aumento em relação ao ano anterior e 30% a mais do que os níveis pré-COVID. A cidade também viu uma redução de 21% na velocidade do centro da cidade, que agora se arrasta a apenas 15 mph.

Miami ficou em 5º lugar entre as cidades americanas com pior tráfego, com um custo total municipal atribuído a atrasos de US$ 4,5 bilhões e um custo individual de motorista de US$ 1.773. Comparativamente, as piores cidades dos EUA com altos níveis de congestionamento incluem Chicago (155 horas perdidas), Boston (134), Nova York (117) e Los Angeles (95). Chicago e Miami têm mais congestionamentos e atrasos do que antes da COVID, enquanto Boston, Nova York e Los Angeles ainda estão atrás dos níveis de 2019.

Embora Orlando não tenha entrado na lista mundial nem nacional de pior tráfego geral, a meca do turismo tem dois corredores de tráfego específicos classificados entre os piores do país. O décimo pior corredor nacional é o I-4 Eastbound entre a saída 72 na FL-528 e a saída 60 no pedágio FL-429, onde os motoristas perdem em média 17 minutos durante o horário de pico das 17h. Ao longo de um ano inteiro, o viajante típico de Orlando que usa essa rota gastará quase três dias completos (70 horas) a mais do que um viajante sem atrasos.

Para Chris Carloto, que junto com o marido opera a Carloto Shuttle and Rental Cars em Orlando, a I-4 é a pior da cidade. "Apesar de ter outras em estado de conservação pior, a I-4 é constantemente engarrafada e com acidentes. O que pode ocasionar um atraso muito grande se a pessoa não considerar isso na hora de calcular o tempo para sair de casa, por exemplo", analisa.

Para o casal carioca, que anteriormente morava em Boston (MA), o trânsito de lá é bem pior do que o da Flórida. "Apesar do alto tráfego, as ruas largas daqui facilitam bastante e em poucos lugares temos engarrafamentos", afirma Carloto.

O segundo pior corredor de tráfego do estado (24º pior do país) é a John Young Parkway Southbound de Orlando, entre a Vine Street e a Pleasant Hill Road, onde os motoristas perdem em média 13 minutos no pico das 5pm. Em 2022, o motorista típico da hora do rush naquele trecho da John Young Parkway ficaria parado no trânsito por mais dois dias e quatro horas (52 horas no total), em comparação com um trajeto normal sem atrasos todos os anos.

Londres, Chicago e Paris

Em todo o mundo, Londres, Chicago e Paris continuam sendo as três principais cidades em termos de horas perdidas devido ao congestionamento do tráfego, com 156, 155 e 138 horas perdidas, respectivamente. Em comparação, cidades como Bogotá, Boston, Miami e Toronto tiveram aumentos de dois dígitos em 2021, subindo significativamente em relação às posições anteriores.

De acordo com o relatório, o motorista americano perdeu 51 horas em congestionamentos de trânsito em 2022, 15 horas a mais que em 2021. O custo desses atrasos aumentou de US$ 53 bilhões em 2021 para US$ 81 bilhões em 2022, um aumento de 53%. Embora o custo do congestionamento nacional tenha caído US$ 7 bilhões em relação ao pico de US$ 88 bilhões em 2019, os custos de combustível aumentaram 32% e as colisões aumentaram 4%.