Ron DeSantis vai anunciar candidatura à presidência dos EUA pelo Twitter com Elon Musk

Por Arlaine Castro

O governador republicano Ron DeSantis anunciará sua candidatura à presidência dos Estados Unidos nesta quarta-feira, 24, durante uma 'live' no Twitter com Elon Musk.

A informação foi confirmada por Musk, dono da rede social, ao Wall Street Journal. "Vou entrevistar Ron DeSantis e ele tem um grande anúncio a fazer", declarou. A conversa entre os dois está prevista às 18h de Washington.

O anúncio será acompanhado pelo lançamento de um vídeo e o início de um encontro de três dias em Miami com alguns dos doadores mais ricos de DeSantis, quando ele dará detalhes da campanha. Logo após, o futuro candidato embarca em uma turnê, durante a próxima semana, pelos vários estados que realizam votações antecipadas.

Trump continua liderando as pesquisas e superando todos os outros pré-candidatos republicanos juntos. O governador de 44 anos, que comanda a Flórida desde 2018, era praticamente desconhecido quando entrou na campanha. Mas o apoio do então presidente garantiu sua eleição, apesar da vitória ter sido apertada.

Após assumir o cargo, DeSantis se distanciou do ex-presidente e ocupou seu próprio espaço na direita americana, ao adotar políticas conservadoras em temas como educação, aborto e imigração. Em 2022, foi reeleito com folga.

DeSantis é amplamente visto como o mais formidável adversário nas primárias de Trump, mas sua posição caiu – nas pesquisas e entre os doadores preocupados – após uma série de desempenhos incertos na preparação para o lançamento de sua campanha. Ao entrar no Twitter para fazer o anúncio, o republicano buscará se distinguir do resto do campo em crescimento, a maioria dos quais fez suas inscrições em ambientes mais tradicionais.

O anúncio de DeSantis no Twitter oferece uma dupla vantagem. Musk tem 140 milhões de seguidores e muitos fazem parte da base eleitoral de Trump. Se ganhar a indicação, DeSantis atrairá eleitores mais jovens e menos conservadores e isso aumentaria suas chances de chegar à Casa Branca.

Fonte: RFI e CNN.