Empresa do sul da Flórida testa veículos autônomos para evitar mortes no trânsito

Por Arlaine Castro

Carro autônomo da Guident.

Uma empresa do sul da Flórida está em busca de evitar mortes no trânsito investindo em tecnologia para carros autônomos. Todos os anos, cerca de 1,3 milhão de pessoas morrem em acidentes de trânsito em todo o mundo. Só nos EUA, estima-se que sejam mais de 40.000 mortes.

Para os pesquisadores de tecnologia de carros, esses números podem cair drasticamente se mais veículos se tornarem autônomos. Especificamente, um trabalho publicado cita uma estimativa de que 25.000 vidas seriam salvas a cada ano se 90% dos carros dos EUA se tornassem autônomos.

Outro estudo, no American Journal of Public Health, afirma que os veículos autônomos podem salvar 10 milhões de vidas por década. Isso destaca o longo caminho que a tecnologia tem que percorrer à medida que adotamos uma nova forma de viajar, mas também seu impacto potencialmente massivo.

No sul da Flórida, o empresário Harald Braun e sua empresa - Guident - trabalham em direção ao futuro com mais carros autônomos nas ruas.

A Guident não é uma fabricante de automóveis, mas uma empresa de software que se esforça para guiar veículos autônomos e torná-los mais seguros – em última análise, resolvendo o que Braun descreve como uma crise mortal de transporte e erros evitáveis.

“Retiramos o ser humano da equação e, em seguida, deixamos o software, a inteligência artificial e tudo o que sabemos que podemos fazer melhor - deixamos que tomem as decisões sobre como dirigir. Essa era a ideia original”, explicou Braun.

A empresa faz parceria com montadoras e integra sua tecnologia ao que está disponível atualmente.

No entanto, o comando não seria guiado exclusivamente pela inteligência artificial e algoritmos, mas haveria uma pessoa em uma sala remota que teria o controle do veículo - um centro de monitoramento e controle remoto com um operador de controle remoto, ou RCO (sigla em inglês), é responsável por monitorar os AVs e intervir quando necessário.

Normalmente, os AVs são programados para chegar ao seu destino sem problemas. Mas caso algo dê errado, como um acidente, falha técnica ou outro obstáculo digital/físico, o RCO pode assumir o controle do veículo e colocá-lo de volta onde ele precisa ir.

Por enquanto, a Guident está em fase de testes e operando em espaços limitados, como hospitais, certas áreas residenciais e parques de escritórios, como o campus Boca Raton Innovation. Mas o empresário planeja continuar desenvolvendo seu software e trabalha para contratar mais pessoas.

Dessa forma, a expectativa é de que os AVs possam se transformar em cidades inteligentes e se incorporar ao transporte público, transformando o transporte e o estilo de vida.

Fonte: Local 10.