Com mais de 335 milhões de doses da vacina Covid-19 administradas em todo o mundo até agora, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a corrida para desenvolver um “passaporte de vacina” para Covid-19 está em andamento.
Já existem cartões de comprovação de imunização para a febre amarela exigidos por países como Colômbia e Equador. Entretanto, no caso do coronavírus, a criação passaportes de vacinas levanta considerações éticas, já que a vacina não está facilmente disponível em todo o mundo e para todos os indivíduos.
Mesmo assim, países como Islândia, Polônia, Portugal e Chipre já anunciaram planos para certificados de comprovação de vacinação. A União Europeia espera apresentar um “passe verde digital”, que combinará informações sobre vacinação, recuperação da doença e resultados de um teste para pessoas que ainda não foram totalmente vacinadas.
No começo do mês, a presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen posto em suas redes sociais sobre a proposta do Digital Green Pass.
We'll present this month a legislative proposal for a Digital Green Pass. The aim is to provide:
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) March 1, 2021
•Proof that a person has been vaccinated
•Results of tests for those who couldn’t get a vaccine yet
•Info on COVID19 recovery
It will respect data protection, security & privacy
A companhia aérea Qantas iniciou seu primeiro teste de cliente de um aplicativo de saúde digital CommonPass, que permite que as pessoas carreguem seus resultados negativos de teste de coronavírus ou comprovante de vacinação para voos internacionais.
Entretanto, o Centers for Disease Control and Prevention (CDC) está atualmente desencorajando viagens não essenciais. A agência "ainda não emitiu orientações sobre o manejo de pessoas vacinadas durante a viagem e não há padrões internacionais estabelecidos para vacinas ou documentação de vacinação", informou um porta-voz do CDC. Além disso, o cartão de vacina emitido pela agência não será prova suficiente, especialmente para viagens internacionais, já que podem ser falsificados com facilidade.
Alguns estados fornecem prova do status da vacina Covid-19, mas esse não é um processo consistente.O Colorado, por exemplo, exige que um formulário autenticado seja enviado por e-mail junto com uma cópia de sua carteira de motorista.
Já a Califórnia tem um sistema para verificar o status da vacina, mas "é para uso por provedores e não para uso pelo público em geral", de acordo com Darrel Ng, consultor sênior de comunicações para a força-tarefa Covid-19 da Califórnia.
O departamento de saúde da Flórida respondeu por e-mail, que “as pessoas podem recuperar uma cópia de seus registros de vacinação por meio do Departamento de Saúde do condado local ou de um provedor privado”, mas não informou mais detalhes sobre o registro ou controle de vacinação.
Existem empresas nos EUA desenvolvendo certificados de vacinas para aplicativos de smartphones. A ideia é que, ao voar para um país, você escaneie o aplicativo no controle de fronteira. Se isso validar seu status de vacina ou resultado de teste negativo, você pode pular o processo de quarentena do país. Se você não tiver um passe, poderá ser obrigado a entrar em quarentena, provavelmente por 14 dias às suas custas.
A IBM está trabalhando em um “passe de saúde digital” que usa blockchain para segurança e autenticação. O sistema da IBM incluirá o status da vacina ou resultados de testes para pessoas que não foram vacinadas, disse a porta-voz Carolyn Castel da IBM Watson Health. O plano é que o governo dos EUA, por meio do Departamento de Saúde e Serviços Humanos, o CDC ou departamentos de saúde estaduais individuais, carregue os dados de vacinas verificados para o passe digital de saúde.
No futuro, quando as vacinas Covid-19 estiverem amplamente disponíveis, algum tipo de certificado de vacina ou passaporte provavelmente será necessário, não apenas para viagens ao exterior, mas possivelmente até mesmo para entrar em eventos esportivos, teatros, hotéis ou fazer uma viagem em um navio de cruzeiro.
Fonte: NBC News
