Vacina e empatia: dois pedidos para o Natal

"Compensa quando você vê que faz a diferença na vida dessas crianças", ressalta a goiana Andreia Di Bari, 43 anos, moradora de Boca Raton e "guardiã" de duas crianças em West Palm Beach.

Por POR | ARLAINE CASTRO

A esperança de que as vacinas contra o novo coronavírus consigam acabar com a pandemia de covid-19 é o pedido mais importante para 2021. Mas além delas, outra coisa muito importante não deve ser esquecida: a empatia. Ela também anda em falta.

As vacinas da Biontech/Pfizer e da Moderna apresentaram taxas de proteção de 95% e 94,5%, respectivamente e já estão sendo aplicadas em milhares de pessoas. Já a russa Sputnik, registrou 92% de eficácia, enquanto que o imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford teve índice de 90% e entram na reta final.

O mundo já tem 2,8 milhões de pessoas vacinadas contra a covid-19 até a quarta-feira, 23. Desde o início da pandemia e as autorizações das vacinas aprovadas emergencialmente pelos órgãos regulatórios, alguns países já começaram a imunizar sua população. Oito países já haviam começado a vacinação até esta quarta-feira (23). Rússia, Reino Unido, EUA e Canadá foram os primeiros. O Brasil ainda não tem uma data para o início.

Pfizer, Sinovac, Moderna e Sputnik V - os países optaram por diferentes vacinas. O Reino Unido foi a primeira nação a começar a vacinação com doses da Pfizer/BioNTech após aprovação do governo em caráter emergencial no dia 2 de dezembro. Uma semana depois, o país iniciou a vacinação a pessoas acima de 80 anos, profissionais de saúde sob maior risco e funcionários de casas de repouso. Ao longo das semanas, o Reino Unido vacinará os demais grupos vulneráveis. A britânica Margaret Keenan, de 90 anos, foi a primeira pessoa no mundo a receber a Pfizer fora de um ensaio clínico.

Nos Estados Unidos, a primeira pessoa foi vacinada contra o coronavírus na cidade de Nova York no dia 14 de dezembro. A utilização da vacina norte-americana em conjunto com o laboratório alemão, Pfizer/BioNTech, foi aprovada em caráter emergencial no domingo (13). O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) recomendou que os idosos, profissionais da saúde e funcionários de casas de repouso sejam os primeiros vacinados. Porém, o plano de aplicação da vacina fica a critério de cada Estado.

Com a vacinação caminhando a passos mais largos e voltando na questão da empatia, destacamos a atuação de brasileiros em trabalhos voluntários pela Flórida. A importância que se tem tanto para quem realiza o trabalho como para que recebe. Muda a vida das pessoas com gestos simples e um pouco de esforço em sair da zona de conforto.

A comunidade brasileira na Flórida é expressiva. São mais de 300 mil brasileiros espalhados pelo estado, estima o Consulado em Miami com base nos dados do Itamaraty (sabemos que esse número deve ser maior pela demora na atualização e imprecisão em se contar toda a população), com maior concentração nos condados de Miami-Dade e Broward. E cada vez mais, os brasileiros estão buscando participar mais ativamente de ações e se envolvendo mais com a comunidade onde vivem, se destacando em trabalhos voluntários pela Flórida.

Na matéria especial desta semana de Natal, intitulada "Brasileiros se destacam em trabalhos voluntários pela Flórida" (página 10), mostramos as ações de alguns deles. Seja como guardiã de crianças em situação de vulnerabilidade, doando alimentos a moradores de rua, recolhendo brinquedos e roupas para menores em abrigos ou ajudando brasileiros recém-chegados: brasileiros estão mais participativos e buscando fazer a diferença na comunidade onde moram.

"Compensa quando você vê que faz a diferença na vida dessas crianças", ressalta a goiana Andreia Di Bari, 43 anos, moradora de Boca Raton, que passou a ser "guardiã" de duas crianças em West Palm Beach.