Crianças & internet: quais os maiores perigos?

A proteção das crianças na Internet é, acima de tudo, uma questão de conscientização: é preciso conhecer os perigos que existem e saber como se proteger.

Por POR | ARLAINE CASTRO

A Internet pode ser um lugar perigoso para crianças e adolescentes. De predadores cibernéticos a postagens em mídias sociais que podem se voltar contra eles no futuro, os perigos são assustadores.

A proteção das crianças na Internet é, acima de tudo, uma questão de conscientização: é preciso conhecer os perigos que existem e saber como se proteger. Um software de cibersegurança pode ajudar na proteção contra algumas ameaças, mas a medida de segurança mais importante é conversar com as crianças.

Veja alguns dos maiores riscos:

Bullying virtual

Segundo a Internetsafety101.org, 90% dos adolescentes que interagem nas mídias sociais ignoraram algum caso de bullying que presenciaram, enquanto um terço deles já foi a própria vítima do bullying virtual. As mídias sociais e os jogos on-line são hoje onde as crianças se divertem no mundo virtual, onde ocorre a maioria dos casos de bullying virtual. Por exemplo, as crianças podem ser vítimas de chacota nas interações nas mídias sociais. Ou, nos jogos on-line, elas ou seus "personagens de jogo" podem estar sujeitos a ataques incessantes, transformando um jogo que deveria ser uma aventura criativa em uma humilhação.

O melhor método de proteção contra o bullying virtual é estar à vontade para conversar com as crianças sobre o que acontece em suas vidas e como se preparar para possíveis agressões.

Predadores virtuais

Predadores de todos os tipos, inclusive sexuais, podem perseguir as crianças na Internet, aproveitando sua inocência, abusando de sua confiança e até persuadindo-as a se encontrar com eles pessoalmente, o que é extremamente perigoso. Esses predadores agem nas mídias sociais e em sites de jogos atraentes para as crianças (os mesmos locais da Internet onde acontecem muitos dos casos de bullying virtual). Ali, eles conseguem explorar não só a inocência infantil, mas também seus sua imaginação. "Vamos fingir" é uma parte comum e saudável dos jogos e da interação on-line, mas os predadores usam essa fantasia como um gancho para atrair as crianças.

Publicação de informações privadas

As crianças ainda não entendem muito bem os limites das redes sociais. Por exemplo, elas podem postar em seus perfis de mídias sociais informações pessoais que não deveriam ser divulgadas publicamente. Isso varia de fotos de momentos constrangedores até seus endereços residenciais.

Se os seus filhos postam com a opção de exibição pública, você também terá acesso a tudo. E, se a mamãe e o papai podem ver, todos podem. Você não precisa bisbilhotar; mas converse com seus filhos sobre os limites entre o público e o privado.

Phishing

Phishing é como os profissionais de cibersegurança chamam o uso de e-mails para induzir as pessoas a clicar em links ou anexos maliciosos. ("Olha só! Você vai gostar disso!") Ele também acontece com mensagens de texto maliciosas (chamadas de "smishing").

Ensine seus filhos a evitar clicar em e-mails ou mensagens de texto de estranhos e a tomar cuidado com mensagens que dizem ser de amigos, mas que não têm nenhuma mensagem pessoal incluída.

Vítimas de golpes

É provável que as crianças não acreditem em príncipes nigerianos que oferecem um milhão de dólares, mas elas podem cair em golpes que oferecem prêmios, como acesso gratuito a jogos on-line. Os jovens são presas fáceis de golpes, pois ainda não sabem como ser cautelosos.

Por isso tudo, é necessário que os adultos ajudem as crianças e adolescentes a aproveitarem as maravilhas do mundo on-line sem correr perigo.

Texto: portal Kaspersky.