Doações para Pedrinho chegam somente a 5% do valor até o momento

Por Marisa Arruda Barbosa

Um ano após o transplante de intestino no Miami Jackson Hospital, a campanha de Pedrinho voltou para a estaca zero depois que ele sofreu rejeição do novo órgão. Mas, para o menino ser incluído na fila de espera do transplante – dessa vez multivisceral - a cirurgia precisa estar pré-paga. A mãe de Pedrinho, Aline Lavra, anunciou a retomada da campanha em março deste ano. “O brasileiro é sempre muito solidário e é incrível ver como as pessoas abraçam a campanha. Enquanto no Brasil a campanha tem muita força, pouco a pouco a história de Pedrinho está se espalhando entre os brasileiros que vivem nos EUA”.

Embora seja praticamente impossível estimar o valor necessário para o tratamento, a meta estabelecida inicialmente é de $1 milhão de dólares.

“No Brasil, a campanha meio que anda sozinha. Vários grupos foram criados e eles fazem eventos o tempo todo. Tem vezes que nem eu sei que está acontecendo um evento pelo Pedrinho”, disse Aline. No dia 5, por exemplo, foi feito o “Arraiá do Pedrinho”, em Belém, no Pará. Já em Boca Raton, no dia 1º de junho foi realizado um jantar pelo grupo Abraço de Águia, que reuniu dezenas de pessoas.

Crise Ao contrário da primeira campanha por Pedrinho, que conseguiu toda a doação para a realização do primeiro transplante, dessa vez ela vive o reflexo da crise brasileira. “A campanha está acompanhando a crise e a desvalorização do real”, disse Aline. “Da última vez que vi, havíamos arrecadado 5% do valor de $1 milhão de dólares que precisamos alcançar para que Pedrinho seja incluído na fila de espera do transplante. Fico imensamente grata, mas vemos que temos um longo caminho pela frente”.

A campanha nos Estados Unidos está sendo feita através da ONG chamada Help, Hope Live e quem doa ainda pode abater do imposto de renda, segundo Aline.

O caso Depois que Pedrinho passou pelo transplante de intestino, em 2 março de 2015, ele sofreu forte rejeição e o órgão precisou ser retirado em 5 de junho. O menino, que completa 3 anos em agosto, nasceu com a Síndrome do Intestino Curto, resultado de uma má formação. Os médicos sugeriram o transplante multivisceral por ter menor probabilidade de rejeição. “Mas a rejeição é sempre uma sombra na vida do transplantado e não há nenhuma garantia que ele não vai ter”, disse Aline. Pedrinho precisa fazer o transplante de seis órgãos.

Internado No dia 7, Pedrinho foi internado devido a uma secreção no catéter pelo qual ele recebe alimentação parenteral. Foram feitos exames e ele passou por cirurgia para a troca do catéter no dia 8. “É mais uma cirurgia, mais uma internação. Algo que, infelizmente, estamos acostumados”, disse Aline. “O nosso foco é manter a imunidade dele lá em cima”.

Campanha

Para doar, visite o site da campanha internacional de Pedrinho: www.bit.ly/PedroHope. No Brasil, o site da campanha é / http://www.amigosdopedrinho.com.br/ Para saber mais sobre Pedrinho, visite a página no Facebook: Ajude o Pedrinho a Continuar Sorrindo.