Novas acusações de massacres realizado por marines deixa Bush "preocupado".

Por Gazeta Admininstrator

O presidente norte-americano, George W. Bush, afirmou nesta quarta-feira (31) estar "preocupado" com as acusações de que um grupo de marines norte-americanos matou cerca de 20 civis desarmados na região de Haditha, no Iraque, em novembro de 2005.

Em declarações à imprensa após encontro com o presidente de Ruanda, Paul Kagame, Bush afirmou que, "se houve algum tipo de violação das leis, os culpados serão punidos".

De acordo com as denúncias, um grupo de marines assassinou 24 civis, entre eles mulheres e crianças, em Haditha, no dia 19 de novembro, após a morte de um de seus companheiros, ocorrida em uma emboscada contra uma unidade.

O presidente ressaltou que o Departamento de Defesa iniciou investigações para apurar o fato, que alguns analistas igualaram ao massacre de My Lai no Vietnã, ocorrido no dia 16 de março de 1968.

De acordo com Bush, que disse ter comentado o problema com o general Peter Pace, chefe de Estado-Maior norte-americano, "ninguém está mais preocupado com estas denúncias que o corpo de marines".

"Se as leis foram realmente violadas, haverá um castigo" para os culpados, insistiu o presidente.

Denuncias

Na semana passada, oficiais militares norte-americanos disseram que poderiam apresentar acusações por assassinato contra os marines responsáveis.

No domingo (28), o congressista democrata John Murtha, um dos principais opositores ao conflito armado no Iraque, fez duras críticas aos incidentes ocorridos em Haditha, qualificando os soldados assassinato.

Segundo Murtha, que assegurou que "não resta dúvida" que os militares tentaram encobrir os fatos, as mortes em Haditha prejudicaram mais os objetivos de paz e democracia que os EUA tentam alcançar no Iraque que as torturas na prisão de Abu Ghraib.

Na semana passada, Bush qualificou Abu Ghraib como o "pior erro" que os EUA tinham cometido no Iraque.

Na última segunda-feira (29), Pace afirmou à rede de TV americana CNN que o comando militar em Washington só soube do incidente em 10 de fevereiro, quase três meses depois.