Novo estudo comprova que vacinação não causa autismo

Por Gazeta News

Mais um estudo comprovou que não há relação entre a vacina tríplice viral - que previne contra sarampo, caxumba e rubéola - e o aparecimento de autismo em crianças, mesmo naquelas que apresentam algum risco.

A pesquisa, publicada no Jornal of the American Medical Association e liderada pelo Dr. Anjali Jain, do Lewin Group, uma organização de consultoria na área da saúde, analisou dados de 95.727 crianças até 5 anos com irmãos mais velhos. Os pesquisadores concluíram que o risco de irmãos mais novos de crianças com autismo desenvolverem o transtorno não aumenta se eles receberem a vacina. Outro dado - e preocupante - trazido pelo estudo é que pais que já têm filhos com autismo são mais resistentes em vacinar os mais novos (86% vacinam) do que pais que não têm crianças com o transtorno (92% vacinam).

Um dos motivos que justificaria essa estatística é o temor de que o risco de autismo aumente. O boato foi disseminado em 1998, quando foi publicada na revista científica “Lancet” uma pesquisa que associava a vacina tríplice viral e a de sarampo com a predisposição ao transtorno. De acordo com especialistas, essa pesquisa usava dados fraudados e com uma série de falhas científicas. Enquanto isso, pesquisas inversas sempre apontaram para o contrário: que não há risco de autismo por causa de vacina. O médico que escreveu o trabalho foi impedido de continuar exercendo sua profissão. Já a “Lancet” precisou se retratar diante da comunidade científica.