Novo grupo de brasileiros é detido em Pompano Beach após travessia via Bahamas

Um novo grupo com 14 brasileiros foi pego pelas autoridades americanas ao tentar atravessar ilegalmente de barco das Bahamas para os EUA e encontra-se detido em um Centro de Detenção em Pompano Beach, sul da Flórida. Segundo o G1, o Ministério das Relações Exteriores informou que o grupo está à espera de deportação e que o processo não "costuma" durar mais de um mês. Conforme o ministério, os detidos estão sendo assistidos pelo Consulado-Geral do Brasil em Miami e estão "bem de saúde". A rota pelas Bahamas está sendo feita com mais frequência há pelo menos cinco anos. "A rota do México e essa rota elas se comparam. Nós sabemos que a rota das Bahamas é tida como mais segura, confortável e não envolve a travessia a pé, então é uma rota muito cara", disse à TV Globo a diretora do Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior do Itamaraty, Luiza Lopes da Silva. Segundo ela, muitos preferem a rota das Bahamas porque a entrada pelo México está cada vez mais perigosa, por causa da atuação dos cartéis do tráfico. "E a travessia feita a pé pelo deserto também é insegura e muitos sofrem desidratação". O GAZETA entrou em contato com o Consulado Geral do Brasil em Miami e o Ministério das Relações Exteriores para mais informações, mas ambos não retornaram até o momento. Grupo desaparecido nas Bahamas O grupo com os 19 brasileiros, número ainda não confirmado, teria deixado as Bahamas no dia 6 de novembro. No dia 15, familiares dos brasileiros entraram em contato com a embaixada brasileira em Nassau, relatando o desaparecimento. As guardas costeiras dos EUA e das Bahamas estão fazendo buscas pelo barco e monitorando por satélite. Nenhum naufrágio foi registrado, segundo o Itamaraty. As autoridades brasileiras e das Bahamas trabalham no momento com dois cenários mais prováveis. No primeiro, os brasileiros continuam nas Bahamas, detidos pelos coiotes, que suspenderam a travessia com medo de serem interceptados e estão mantendo os brasileiros incomunicáveis. O segundo cenário é o de que eles estariam no barco, à deriva ou ancorados em algum lugar.