A taxa de desemprego na Espanha subiu para 25,02% no terceiro trimestre deste ano, em comparação com os 24,63% no segundo trimestre. As informações foram divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE), de acordo com a revista “Época”.
Além de ser a mais alta taxa de desemprego da zona do euro, o índice bateu um novo recorde histórico, ao superar a casa dos 25%.
Em números, os desempregados no país aumentaram em 85 mil de um trimestre a outro, somando agora 5,778 milhões de pessoas nesta situação. Com este último dado, a Espanha vive altas no desemprego há cinco trimestres seguidos. Ao analisar o terceiro trimestre de 2011, o número total de desempregados aumentou em 799,9 mil nos últimos 12 meses.
O número de famílias com todos os membros desempregados foi de 1,737 milhão, a maior taxa de toda a série histórica. Entre os estrangeiros morando na Espanha, o desemprego diminuiu em 51 mil pessoas em relação ao segundo trimestre, até situar o total de desocupados em 1,182 milhão, o que deixou sua taxa no 34,84%.
Por setores, o desemprego caiu na construção (em 35.900 pessoas), nos serviços (em 28.100) e na indústria (em 11.100). O número de empregados cresceu na agricultura (17.500), entre as pessoas que perderam seu emprego há mais de um ano (83.300 a mais), e entre os que buscam seu primeiro emprego (em 59.100).
Com 25% dos trabalhadores parados, a Espanha tem a taxa mais elevada de desemprego da União Europeia, cuja média é situada em 10,5% (11,4% na zona do euro). O aumento do desemprego é a consequência mais grave da crise econômica que a Espanha vive desde 2008, com a economia em recessão e fortes medidas de ajuste do governo para reduzir a dívida pública.
