Nubia chorou e gritou enquanto seus pais a espancaram até a morte

Por Gazeta Admininstrator

MIAMI | Preso em uma banheira, com suas mãos e pés amarrados, Victor Barahona, de 10 anos, só podia ouvir seus pais adotivos espancarem sua irmã até a morte.

Nubia, sua irmã gêmea, foi atingida várias vezes por seus pais adotivos, Carmen e Jorge Barahona, “enquanto ela gritou e chorou até morrer”, relataram os detetives de Miami-Dade, em um relatório policial.

O documento foi lançado pelo oficial superior da polícia de Miami-Dade, que anunciou em entrevista coletiva que Jorge e Carmen Barahona enfrentarão acusações de assassinato em primeiro grau, abuso infantil e negligência. O relatório também levanta dúvidas sobre quando Nubia morreu e se sua morte poderia ter sido evitada por causa das denúncias que a agência de serviço social recebeu.

Acredita-se que Nubia tenha sido morta mais ou menos no dia 11 de fevereiro, mas especialistas ainda têm dificuldade em determinar, uma vez que seu corpo foi encontrado no traseiro da caminhonete do pai adotivo, coberto em químicos e já em decomposição, no dia 14.

No fim de semana do dia 5, detetives conduziram uma série de entrevistas, incluindo o casal, mas não revelaram o teor das respostas.

O corpo de Nubia foi encontrado no Valentine’s Day, na caminhonete de dedetização de Jorge, encharcado de produtos químicos tóxicos. Seu irmão gêmeo foi encontrado horas mais cedo na cabine da picape, queimado por produtos químicos cáusticos, tendo convulsões, mas ainda vivo. Ele está se recuperando em uma casa terapêutica após ser liberado da unidade de queimados do Jackson Memorial Hospital.

A declaração de Victor foi fundamental para a polícia na preparação das acusações contra os Barahona. Uma autópsia revelou que Nubia morreu de trauma contuso, de acordo com um mandado preparado pelo Sargento de Miami-Dade Julio Padron e o promotor Gail Levine.

O tormento das horas finais de Nubia pode ter sido apenas o fim para o que a polícia descreve como um ano de reinado de terror em que Nubia e Victor foram espancados, torturados e “enjaulados”.

As crianças, o mandado disse, foram “repetidamente atingidas, espancadas com vários objetos sobre seus corpos, amarradas e deixadas trancadas dentro do único banheiro da casa da família.”

Victor ficou permanentemente desfigurado, em um dos espancamentos, com várias cicatrizes em seu rosto, de acordo com a polícia.

Depois de ouvir sua irmã apanhando, Victor não a viu mais. Quando mais tarde ele perguntou a sua mãe onde Nubia estava, Carmen respondeu que ela “tinha sido mandada embora’’, diz um relatório da polícia.

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