O governo Obama deportou um número recorde de imigrantes indocumentados no ano fiscal de 2013. De acordo com um relatório recém-divulgado pelo Department of Homeland Security (DHS), 438.421 deportações foram realizadas pela administração em 2013. Desde que assumiu o cargo, o presidente Barack Obama presidiu 2 milhões de deportações. As informações são do Fox News Latino.
As deportações aumentaram mais de 20 mil em relação a 2012 e mais de 50 mil ao longo de 2011. O estudo foi realizado pelo Gabinete do Departamento de Imigração de Estatística do DHS, que é encarregado de recolher os números mais precisos sobre a aplicação das leis de imigração.
Entre os deportados, 198.394 tinham antecedentes criminais, um pouco abaixo do ano anterior.
A maioria, 72%, dos indivíduos deportados era de origem mexicana. Depois dos mexicanos, os mais deportados foram indivíduos da Guatemala, Honduras e El Salvador. A maioria das detenções aconteceu na seção do Rio Grande Valley, da fronteira do Texas.
Mais de 80% dessas deportações ocorreu sem uma ordem judicial ou o envolvimento de um juiz. Em vez disso, o relatório mostra que a administração Obama tem concentrado cada vez mais seus esforços em deportar pessoas que acabaram de entrar nos EUA em vez daquelas que já se instalaram no país.
Mais de 40% das deportações envolveu a apreensão de imigrantes detidos na fronteira. Isso permitiu a remoção deles sem uma ordem judicial. As deportações aceleradas tiveram mais sucesso do que aquelas depententes dos tribunais de imigração, que enfrentam longas filas de espera.
De acordo com o relatório, aproximadamente 17% das deportações em 2013 exigiram uma audiência no tribunal. Este número está abaixo dos 36% em 2011.
Esse estudo reforça as acusações de grupos de defesa de imigrantes, que têm expressado descontentamento com a administração. No início deste ano, a presidente do Conselho Nacional de La Raza, Janet Murguía, apelidou Obama de “Deportador em chefe".
Custo alto
Este aumento das deportações, juntamente com o recente anúncio de Obama de que ele iria adiar qualquer ação executiva em relação à imigraçào até depois de novembro pode custar caro para o presidente e seu partido nas próximas eleições de meio de mandato.
Falando em um evento de gala em Washington, DC, organizado pelo Congressional Hispanic Caucus Institute, esta semana, Obama pediu que os presentes tivessem paciência enquanto dizia entender sua frustração.
"Eu sei que há profunda frustração em muitas comunidades em todo o país agora, e eu entendo porque eu também sinto", disse Obama.
Algumas das frustrações ficaram evidentes na prateleira quando uma suposta "ativista em situação irregular", chamada Blanca Hernandez, interpelou o presidente durante seu discurso.
Funcionários da Casa Branca já disseram que o presidente procurará proteger da deportação os imigrantes com filhos nascidos nos EUA, a fim de concentrar seus esforços naqueles que recentemente atravessaram a fronteira e imigrantes indocumentados com antecedentes criminais.
