Número de judeus é menor do que antes do Holocausto
Atualmente, o número de judeus é de aproximadamente 13,8 milhões, segundo o demógrafo Sergio della Pergola, pesquisador da Universidade Hebraica de Jerusalém, disse à “Agência Efe”.
“Antes da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) éramos 16,5 milhões, e depois ficamos em 11 milhões”, explica ao fazer um balanço da situação do judaísmo no mundo.
Cerca de seis milhões de judeus foram mortos entre 1935 e 1945 devido às políticas nazistas vigentes, a maioria a partir da aplicação da “Solução Final” em 1941, que incluía o envio, em massa, de judeus a campos de extermínio.
Della Pergola, de origem italiana, ressalta que o baixo crescimento demográfico dos judeus durante os 70 anos, transcorridos desde o Holocausto, contrasta fortemente com o aumento da população mundial.
Os judeus representam, hoje, 0,002% da população mundial, número três vezes menor do que o registrado em 1945. Segundo o especialista, o baixo crescimento se deve ao envelhecimento das comunidades fora de Israel, que apresentam baixos índices de natalidade, resultado das regras e dos costumes das sociedades onde vivem.
Assim, enquanto entre os judeus de Israel o índice de natalidade é de quase três filhos por mulher, fora do país ele fica entre 1,5 e 2.
Segundo os estudos realizados pela Universidade Hebraica de Jerusalém, 96% dos judeus fora de Israel se concentram em apenas 10 países, - todos eles democráticos - nos quais vivem plenamente emancipados.
Esse fato, somado ao baixo crescimento vegetativo (diferença entre a taxa de natalidade e a de mortalidade) e à emigração para o Estado de Israel, fez descer progressivamente, desde a década de 1970, o número de judeus que vivem “na diáspora”.
Na ultima década, Israel recebeu anualmente entre 15 mil e 20 mil imigrantes judeus, mas nos anos 1990, esses números superavam os 100 mil graças à emigração em massa de habitantes da extinta União Soviética.
Um recente estudo do Escritório Central de Estatísticas constatou que, neste ano, Israel desbancou os Estados Unidos como país com o maior número de habitantes judeus, superando a simbólica barreira dos seis milhões, mesmo número de pessoas dizimadas durante o Holocausto.
Com informações da “Agência Efe”.
