Número de mortes de migrantes cresce apesar de repressão

Por Gazeta Admininstrator

Endurecer a segurança na fronteira EUA-México reduziu substancialmente as prisões de imigrantes ilegais, mas muitos ainda estão morrendo conforme tentam a perigosa travessia por desertos e rios.

David Aguilar, chefe da Patrulha Fronteiriça dos EUA, disse na quinta-feira que as prisões na fronteira caíram em um pouco menos de um terço em comparação com o mesmo período do ano passado, conforme a agência aumentou seu pessoal e melhorou a tecnologia na fronteira.
Mas ele disse que o número de imigrantes mortos tentando fazer a viagem mal caiu, só declinando 8 por cento até agora neste ano, de 166 para 153 durante o mesmo período no ano passado.

Aguilar, que falou a repórteres na Embaixada dos EUA na Cidade do México a partir de Washington por meio de videoconferência, não deu razão para o número de mortes ter continuado tão alto, apesar da repressão que viu 1,1 milhão de imigrantes serem presos no ano passado.

Alertando potenciais imigrantes contra fazerem a viagem conforme os meses de verão se aproximam, ele disse que a maioria morreu tentando cruzar os espaços áridos como o hostil deserto de Sonora, no Arizona.

Segundo ele, quando as temperaturas na área atingirem máximas de mais de 40 graus Celsius nos próximos meses, os migrantes terão cerca de 50 por cento de chance de terminarem a viagem vivos.
O governo dos EUA está ampliando sua tecnologia de monitoramento da fronteira, incluindo caminhões com câmeras infravermelhas e sensores subterrâneos que detectam passos, bem como aviões-robôs de vigilância sobrevoando pelo alto.

Aguilar disse que ele esperava que a operação de segurança reduzisse o número de pessoas que fazem travessias no deserto durante o período mais letal, entre abril e setembro.

Mas ele disse que houve também um aumento no número de pessoas se afogando no Rio Grande, que separa os dois países, e alertou também que roubos por contrabandistas de pessoas ou "coiotes" são cada vez mais comuns.

"As pessoas que cruzam para os Estados Unidos, que põem suas vidas nas mãos dos contrabandistas, enfrentam grande perigo", disse ele. "Quando você se põe nas mãos de contrabandistas você se confia a criminosos em uma área muito perigosa da fronteira".