O bom ouvinte

Por Rosana Brasil

Em ocasiões especiais, tais como Natal, aniversários, Dia das Mães ou dos Pais, quando desejamos fazer uma surpresa a alguém, podemos ficar presos a padrões construídos sobre o que é socialmente aceitável, como também é possível que nossa ideia do presente desejado não combine com que o recipiente desejaria receber.

Algumas pessoas perguntam o que a outra pessoa gostaria, com a intenção de presentear algo que realmente irá satisfazer o outro. Perguntar o que o outro deseja, um ato simples com o único objetivo de satisfazer o desejo do recipiente, sem adivinhações ou suposições.

Gostaria de propor ao leitor, que tenha como um dos objetivos de vida, perguntar mais e conjecturar menos, fazer perguntas para esclarecer e para aprimorar a comunicação verbal. No entanto, tão importante quanto fazer perguntas é ouvir com atenção as respostas recebidas. Afinal de contas, fazer perguntas e escutar com atenção é fundamental à promoção do entendimento entre indivíduos.

Assim, é fundamental se empenhar em não achar que a nossa visão do mundo é a mais adequada, ou a mais correta e não escutar com curiosidade e atenção. Nem sempre o que é óbvio para nós será óbvio para o outro. Quando temos a capacidade para aceitar o outro nas suas múltiplas formas e desejos, somos abençoados, pois reconhecemos que temos o potencial para unir e fortalecer ao invés de dividir e enfraquecer.