O eleitor americano apóia a Reforma

Por Gazeta Admininstrator

Uma pesquisa real;izada e publicada pelo mais importante jornal dos Estados Unidos, o New York Times, revelou na última sexta-feira que uma expressiva maioria de 67% dos eleitores norte-americanos apóia grande parte das medidas inclusas no atual projeto de Reforma Imigratória.
O projeto, patrocinado entre outros pelo veterano comabatente a favor dos Imigrantes, Senador Democrata Edward Kennedy, de Mnassachusetts, virtualmente legalizará cerca de 11 a 12 milhões de imigrantes que atualmente vivem ilegal ou semi-legalmente no país.

Surpresa no resultado dessa pesquisa?
Nem um pouco.

O povo norte-americano é muito pragmático. Ou seja, no “frigir dos ovos” pensa mesmo é no que é mais benéfico para a Nação. E nesse momento, só mesmo os lobbystas de extrema-direita, defensores dos interesses de grupos específicos em estados como Arizona e New Mexico, se postam contra as medidas da Reforma.
A mesma pesquisa revela que apenas 33% dos eleitores norte-americanos defendem a deportação dos indocumentados. Ë o menor número em favor da deportação registradod esde janeiro de 2002.
O que a pesquisa do New York Times revela de menos esperado é que os norte-americanos querem que sejam efetivamente levadas em consideração alguns qualificativos para “premiar” os imigrantes com a legalização.
Quanto às condições que devem ser consideradas para aceitar os imigrantes, 51% dos entrevistados apontam a educação, a qualificação e a experiência profissionais. Já 34% acreditam que é preciso pesquisar os vínculos familiares nos Estados Unidos dos requisitantes.
Por último, a pesquisa revela que 66% dos americanos são a favor do trabalhadores temporários, algo a que apenas 30% dos entrevistados se opõem.
Como muitos já sabem, o atual Presidente Bush é o grande “patrono” desse programa de trabalhos temporários.
A pesquisa foi realizada em parceria do jornal com a rede americana de televisão CBS.
O meio jornalístico recebeu a pesquisa quase que como um “sinal verde” em favor da aprovação rápida do atual projeto, mas ainda há muitas dúvidas se esse “fast track” será obtido. A legalização de 12 milhões de pessoas nunca seria um ato simples. Os desdobramentos e implicações para os Estados Unidos são tremendos e o projeto é uma “batata quente” política no ano que antecede às eleições presidenciais.
Outra questão é a definição de quem é “ilegal” ou “semi-ilegal”. O plano de legalização para os 12 milhões de imigrantes ilegais exige que, para obter a residência permanente, eles "reconheçam que violaram a lei, paguem uma multa, se submetam a uma revisão de antecedentes, tenham trabalho fixo" e não tenham antecedentes penais, como insistiu Bush.
Mas há milhares de imigrantes acomodados em outras áreas, como os protegidos pela I-145, que tinham, até 2001, um processo de legalização ou permissão de trabalho em andamento e que não se enquadram explícitamente na condição de “imigrante ilegal”.
Há muita confusão entre os que são a favor e contra o programa de vistos temporários de trabalho. A primeira derrota já veio na quarta feira quando a cota estabelecida inicialmente em 400 mil vistos anuais para esse novo programa, foi cortada pela metade.
Entre os ajustes aprovados desde o início do debate também surgiu uma emenda que determina que os reincidentes no cruzamento ilegal da fronteira sejam presos. Sabe-se que há uma grande quantidade de ilegais que cruzaram diversas vezes a fronteira e seguidamente não respeitaram as ordens de apresentação a uma corte.
Os casos de quem recebeu ordens de deportação e nãos e apresentaram são realmente uma “nebulosa” no novo projeto. Ainda nãos e sabe se o novo regimento permitirá a esses “foragidos” a se defendereme e eventualmente conquistarem o direito de ficar e se legalizar.
Quem se beneficiou através de casamentos ilícitos também não deve esperar “moleza” da nova lei. Há uma determinação de se punir claramente tanto quem fraudou as leis imigratórias, seja atravessando contínuamente as fronteiras, casando para obter papéis ou desrespeitando uma ordem de deportação.