O futuro da comunidade brasileira

Por Gazeta Admininstrator

Este é um depoimento de um editoria-lista de um dos mais importantes veículos de comunicação da comunidade brasileira nos Estados Unidos, que, coincidentemente é empresário que vive substancialmente em função dos businesses e das atividades desta mesma comunidade.
Os micro-empresários brasileiros que neste momento estão ansiosos, preocupados, alguns até amargurados, com o quadro de crise econômica deste momento nos Estados Undos (e seus poderosos reflexos no nosso mercado), se dividem entre dois grupos: os que reclamam e os que buscam alternativas e soluções.
Parar de investir, certamente, é a menos inteligente das opções, embora, por incrível que pareça, “cortar tudo” parece ser o lema de boa parte das empresas e empresários, alimentando uma ilusão de que é possível seguir ganhando dinheiro sem gastar dinheiro.
Certamente que fazer re-engenharia de nossos negócios deveria ser uma obri-gação constante e não apenas buscar o balde de água quando a casa já está pegando fogo.
Em vez de salvar madeira queimada e cinzas, seria bem melhor salvar parte do patrimônio intacto e proteger o mercado.
Em vez de ficar sentado amargurando o desaparecimento dos consumidores e a diminuição drástica das receitas, é dever de todo empresário da nossa comunidade, analisar quais oportunidades que estão – e já estão – “batendo na porta” em função da mudança de perfil da economia.
É isso aí. Porque uma coisa é certa: o dinheiro que existia antes, continua existindo. Só deixa de circular com o dinamismo e até “irresponsabilidade” de antes. E qualquer empresário, com um mínimo de conhecimento que tem do que é fazer negócio, sabe que dinheiro parado é o que de pior existe.
Como fazer então para seguir investindo sem correr o risco de “quebrar de vez?”
Boa pergunta, múltiplas respostas.
Como não tenho o poder de analisar, caso por caso, a situação de seu negócio, meu caro empresário brasileiro de nossa comunidade, eu opto por oferecer o exemplo do que eu e mais alguns empresários que conheço, e também grandes corporações, que têm debruçado com vigor suas atenções em busca de solução que permitam manter seus negócios vivos e , em algus casos, até ampliá-los.
A diversificação é sempre uma resposta positiva e na maior parte das vezes, “pay off”. Mas não basta apenas “querer” diversificar. Diversificação sem intimidade com os novos segmentos, pode significar uma acelação rumo a situações muito piores. Uma diversificação ou “ramificação, dentro de seus próprios segmentos, criando novos alvos de mercados de forma criativa e competitiva, tem boas chances de sucesso.
Outro exercício dos mais produtivos é pensar exaustivamente sobre o que o mercado, neste momento, precisa, demanda e pagaria por. A função do comérico – em todos os níveis – é prover necessidades. A do marketing é realçar esse processo e, mais do que nunca nos tempos de hoje, “criar” ou acentuar essas demandas.
Nossa empresa investiu mais em publicidade em 2008 do que nos 3 anos anteriores, somados. E posso afirmar sem a menor dúvida que cada centavo aplicado na mídia, gerou resultados mais do que satisfatórios, sejam de imagem ou de vendas, para nós e para nossos clientes.
É muito comum que as primeiras “gavetas” a serem parcial ou totalmente fechadas em tempos de crise sejam as de publicidade e promoção de produtos e serviços. Historicamente essa é uma das maiores armadilhas das “crises”.
Seu concorrente pode não ser tão assustado, acomodado ou incrédulo como você e certamente só precisa dessa oportunidade para ocupar seu espaço. Todos sabemos que o que de mais valioso existe no universo dos negócios hoje em dia, é a territorialidade e preferência conquistadas, arduamente, por seus produtos.
Certamente as dificuldades econômicas não vão desaparer da noite para o dia e nem por “decretos” de Omaba ou Lula. E certamente o mundo não vai acabar em 2009. Para seguir em frente e prosperar é preciso sair da acomodação de anos de vendas crescentes e relativamente poucos problemas e trabalhar, além de exercitar criatividade.
O futuro da comunidade brasileira nos Estados Unidos é, seguramente, muito mais brilhante e pleno de oportunidades do que esses tempos difíceis fazem crer.
Quem consegue enxergar além de um palmo diante do nariz, desconfia ou sabe disso.