“O goleiro é o coração do time”, diz treinador de estrelas

Por Simone Raguzo

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Há 20 anos atuando como treinador de goleiros, o paulista José Rogério Moreira, 48 anos, traz em seu currículo experiências com grandes atletas brasileiros, como o goleiro da Seleção Brasileira, Jefferson (Botafogo), Paulo Vitor (Flamengo) e Fábio (Cruzeiro). Hoje no Marília (SP), que disputa a primeira divisão do Paulista, onde treina o goleiro Rodrigo Marcelo, Moreira no momento curte férias no sul da Flórida e já desperta o interesse de equipes americanas, que têm investido no esporte mais popular do Brasil.

Para ser um bom goleiro, segundo o treinador, ter estatura é essencial, além de habilidade não só com os mãos, mas com os pés. “Sempre digo que goleiro é o único jogador que a gente faz. O Jefferson, por exemplo, era atacante e virou goleiro. E, para ser o goleiro perfeito, é preciso ser bom embaixo do gol, como o Marcos (antigo goleiro do Palmeiras), e habilidoso com a reposição de bola, como o Rogério Ceni (São Paulo). Tem que saber jogar com os pés também”, defende Moreira, destacando a importância do goleiro dentro de um time. “Nenhuma equipe funciona sem um bom goleiro. Ele é o coração do time”.

O treinamento de um goleiro, segundo o preparador físico, é totalmente diferente dos atletas que atuam em outras posições e é intensificado nas pré-temporadas. Já durante as competições, devido ao grande número de jogos, o treinador acompanha as atividades e tem participação direta na escalação do goleiro. “Quem decide é o técnico, mas ele sempre vai ouvir o treinador na hora de escalar”.

Sobre a validade da carreira de um goleiro, Moreira espelha-se, mais uma vez, em Ceni e defende que ela pode ser duradoura. “Com o tempo, a prioridade no treinamento de um goleiro muda logicamente. Trabalha-se mais a força do que a agilidade, mas um goleiro pode ir longe”, destaca ele, que elege como melhores goleiros do Brasil atualmente Jefferson e Paulo Vitor, seus ‘alunos’. “São feras!”.