O Lado Negro Dos Remédios Para Emagrecer

Por Ivani Manzo

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Sabe aquela picada de inseto que está coçando muito, muito, e que você sabe que se continuar a coçar vai virar ferida? E, mesmo assim, continua a coçar porque alivia. Mas depois a ferida fica doendo e dura mais tempo que a picada em si. Guardadas as devidas proporções, é o que acontece com o uso de remédios para emagrecer. Você sabe que não deve tomar, sabe que terá efeitos colaterais, mas o desejo de emagrecer sem fazer força é maior. Então você usa o remédio, emagrece e os efeitos colaterais são avassaladores e duram muito tempo, as vezes toda a vida. Antes que me critiquem, vou dizer que sim, existem casos que eles são necessários, mas quem decide é o médico e não quem vai tomar. Voltando aos remédios, eles agem no sistema nervoso central e agem rapidamente. Aceleram o metabolismo e diminuem a vontade de comer. Isso acontece apenas enquanto estão sendo usados, depois que parar as coisas não só voltam ao que era antes, como voltam com sintomas mais forte. Isso quer dizer, mais fome e o metabolismo mais lento. Engordar novamente e mais do que era antes é o menor dos efeitos, o pior são os transtornos psíquicos que são desencadeados. Não é difícil encontrar pessoas que desenvolveram psicoses, depressão, compulsão e dependência do remédio. Uma das regras da prescrição de um remédio é que o seu efeito colateral seja menos prejudicial que a própria doença. Então, os casos nos quais os inibidores do apetite podem ser prescritos são aqueles nos quais a obesidade é mais prejudicial que psicoses, compulsão, depressão, pânico etc. E também é verdade que não existem estudos em longo prazo que comprovem a eficiência dessas drogas. Então, vamos pensar. O que seria mais lógico, tratar a obesidade ou mascarar a obesidade? Se os inibidores do apetite curassem, eles poderiam ser usados e ao terminar o tratamento a pessoa não iria mais engordar. Seja qual for a causa da obesidade, se a pessoa deixar de comer irá emagrecer. O difícil é deixar de comer. E é isso que tem que ser tratado, a causa de tanta vontade de comer. É sim muito difícil saber a causa e curar essa vontade de comer. Contudo, com certeza essa “fome” ficará muito mais difícil de ser tratada depois do isso de inibidores do apetite. A escolha é de cada um, mas a melhor escolha só poderá ser feita se a consciência dos efeitos colaterais for conhecida.