O passo à frente da ABI

Por Gazeta Admininstrator

Sem dúvida, a recente participação da Associação Brasileira de Imprensa Internacional (ABI-Inter) nos eventos Focus-Brazil e Press Award evidenciaram que a entidade criada há quatro anos para representar a mídia comunitária brasileira no exterior, está sim, dando importantes passos à frente rumo a sua consolidação.

Evidentemente que a velocidade desse movimento ainda não é o que sua atual diretoria e seus associados desejam, mas já se pode dizer que a soma das conquistas da ABI em quatro anos de atividades, praticamente sem apoio e baseando-se apenas no voluntarismo e entusiasmo de seus membros, é muito positiva.

Constatamos que o número de associados da ABI cresce continuamente, sejam sócios-empresas quanto sócios individuais, o que garante à entidade um pluralismo e diversidade importantes para seu desenvolvimento e equânime representatividade. Na medida que a ABI-Inter seja uma entidade representativa das empresas de comunicação de nossa comunidade no exterior, ela também representa o grande número de profissionais empregados ou colaboradores desses mesmos veículos.

A força mais visível da entidade é a sua legião de associados. Sejam corporações ou indivíduos, a ABI- Inter marcha, com certeza, para se tornar uma das mais representativas entidades das comunidades brasileiras no exterior.

Isso não é pouco. Há alguns anos atrás, a simples menção da ideia de se formar uma associação dos veículos comunitários era recebida com descrédito e pessimismo. Hoje, a ABI-Inter é uma realidade e em muito breve, os veículos e profissionais que se mantiverem fora, irão sentir que o peso da instituição será grande o suficiente para fazê-los mudar de ideia. É uma questão de tempo.

Os eventos comandados pela ABI-Inter no Focus Brazil (Painel de Mídia Comunitária tendo como convidada a jornalista Glória Maria, da Rede Globo e o Congresso da ABI-Inter, que reuniu 32 representantes) alcançaram sucesso. A participação de Glória Maria, como já havia sido a de Caco Barcelos em 2010, foi um êxito inquestionável. Já o congresso, onde se debateram muitos temas polêmicos que envolvem o momento da entidade, foi encerrado de forma positiva e harmônica.

No sábado, a ABI-Inter organizou a Feijoada Anual, desta vez realizada em Boca Raton, no “Speranza”, que não só teve casa lotada (todas as camisetas foram vendidas) como a qualidade do evento foi ressaltada por todos.

Já a parceria da ABI-Inter com o Press Award, que já dura 4 anos, teve um capítulo novo. Este ano, pela primeira vez, a entidade assumiu total responsabilidade pelo processo de inscrições e julgamento dos prêmios de imprensa. O evento, realizado em conjunto com os prêmio de propaganda organizados pela Brazilian-American Advertising Association (BAAA), foi igualmente um sucesso.

Logicamente que sempre haverão os que preferem essa ou outra forma de conduzir a premiação e o presidente Zigomar Vuelma foi enfático durante o congresso, ressaltando que o formato e o processo da premiação em 2012 será decidido pelos próprios associados da ABI-Inter, em uma demonstração de que o regimento da entidade e a constante consulta aos membros, será respeitada.

Porque dedicar um editorial a esses fatos?
Simples: não é de hoje que batemos nesta tecla. A mídia comunitária brasileira, representada pelos jornais, revistas, web-sites, web-tvs, blogs, programas de TV e rádio comunitários e alternativos, é, ao lado das organizações religiosas de todos os matizes, um dos maiores e mais importantes pilares da nossa comunidade.

Mais do que nunca a mídia comunitária precisar se unir, se valorizar e uma das mais eficazes formas de fazer isso é fortalecendo sua entidade do setor. Só assim poderemos ser levados a sério. Só assim deixaremos de falar com veículos isolados com tiragens e audiências limitadas e mostrar que, de fato, nosso universo de audiência e leitura é imenso, são milhões de brasileiros em todas as partes do mundo.

O fortalecimento da ABI-Inter é a plataforma para reivindicações maiores, desde um tratamento igualitário, por parte da propaganda oficial, semelhante à que é dada à mídia brasileira no Brasil, à uma postura mais séria e acreditada junto às agências e anunciantes, que são parte indissociável do “business” da comunicação.

Será, também, o foro lógico para se combater os oportunistas, os vândalos e exploradores da mídia comunitária criada unicamente para explorar o momento e projetos de curta duração, que, quase sempre, aviltam o mercado e prejudica a quem faz um trabalho sério e comprometido com qualidade e profissionalismo.

Vamos apoiar a ABI-Inter. Ela é uma das maiores conquistas de nossa comunidade.