O que eu achei do "Missing Link"

Por JANA NASCIMENTO NAGASE

Nesse filme escrito e dirgido por Chris Butler, o visual é incrível e cheio de estilo.  Há piadas engraçadas que envolvem as proporções de quase dois metros e meio do Mr. Link, tamanho que não é adequado para uma banqueta de bar, um trem ou até mesmo para um terno xadrez de um humano. Também, tem seu hábito de fazer e entender tudo o que Frost diz ao pé da letra, como uma criança pequena. Voltando ao estilo, ele ilustra uma combinação elaborada de stop motion e computação grafica, simplesmente impressionante! Fantástico! Nenhum detalhe foi poupado, desde a textura do figurino apropriado a era Vitoriana, aos pêlos do Mr. Link, que no meio da trama se autonomeia Susan, e dos Yetis até as paisagens de montanhas cobertas de neve e a desordem das movimentadas ruas de Londres. Tudo muito vivo e colorido. As animações da Laika são feitas de forma tão intricada que você pode assisti-las várias vezes e, cada vez, você encontra algo novo para focar ou para admirar, particularmente no fundo da cena e personagens secundários que você, com certeza, não reparou na primeira vez. [caption id="attachment_183294" align="alignleft" width="300"] O diretor Chris Butler no set de filmagens de "Missing Link" (Cortesia: Laika Studios / Annapurna Pictures).[/caption] O que faltou, por trás de toda sua habilidade técnica, foi simplesmente a inspiração, aquele toque extra, o algo a mais, de humor ou de imaginação. Há mensagens positivas sobre amizade, identidade, inclusão, parceria e temas de empatia e trabalho em equipe. Mas, como não temos uma personagem mais jovem como Kubo ou Coraline, considerando o enredo e o humor, Missing Link é mais adequado para crianças na faixa etária de mais de sete anos. Com certeza, um filme para se divertir e que vai encher seus olhos por conta da impecável animação! Missing Link já está em cartaz desde o dia 12 de abril, sexta-feira.