O que você quer?

Por Marcelo Mello

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Não adianta, o que quer que você leia ou seja lá qual for sua rede social preferida, o que mais aparece em sua frente tem a ver com: “Corra atrás dos seus sonhos” ou qualquer coisa parecida. Parece tão simples, não é mesmo?

Há tanta gente falando a mesma coisa que dá até para imaginar que só há gente feliz no planeta, ou por outra, só há gente realizada.

Bem, digo com todas as letras: A realidade é bem diferente, até mesmo para os amebinhas que acreditam cegamente na felicidade “Facebookiana”.

É evidente que precisamos sonhar. É óbvio que temos que correr atrás daquilo que desejamos. É público e notório que temos que manter em mente pensamentos positivos. Até aí, não há o que se discutir. Mas, então, do que é que estou falando?

Estou dizendo que, antes de sair correndo atrás de qualquer coisa, temos que não só saber qual é essa “coisa” como descobrir se ela se encaixa a nossa essência. É o perigo do que eu chamo de ‘Sonho Inconsequente’, ou desconexo, se preferir.

Afirmo veementemente que nada acontece quando apenas sonhamos ou pensamos positivo. Aquela besteira de que nossos pensamentos vão para o Universo e depois retornam em forma de realização não faz o menor sentido.

Mas, é o que diz aquele livro “O Segredo”, um dos mais vendidos do mundo há alguns anos. Conheço aos montes pessoas que leram, e querem saber de uma coisa? A vidinha medíocre delas não melhorou uma só virgula. Ora, ora, como explicar isso?

Deixemos a literatura de lado e voltemos ao mundo real. Alguns “profissionais” de humanas fazem algo bem parecido. Tive acesso a alguns conteúdos de Coaching e fiquei embasbacado.

Não se pode brincar com seres humanos. Não se pode iludir as pessoas com palavrinhas motivacionais. Há que se ter cuidado especial com aqueles que procuram profissionais da área justamente porque eles precisam de ajuda para encontrar seus caminhos. Brincar com a mente dos outros é inaceitável. Ética e moralmente intolerável.

Todas as pessoas têm um sonho? Deveriam ter, mas nem sempre é assim. Muitas delas perdem a capacidade de sonhar e cabe ao profissional de Coaching ou aos terapeutas, primeiramente, ajudá-las a voltar a sonhar com alguma coisa. Palavras de incentivo são apenas parte do processo, não o processo em si.

O bom profissional ajuda a resgatar o que foi perdido ou deixado para trás ao longo do tempo. Ajuda aos que têm a capacidade de sonhar a realizar, a conquistar seus propósitos. Não se pode prometer uma vida cor de rosa a ninguém. Muito menos aos que estão, momentaneamente, enxergando o mundo cinza, se é que me entendem.

A busca é incessante. Mas antes de ela ser iniciada, deve-se saber o que quer, deve-se ter em mente aonde quer chegar, quais objetivos se quer alcançar.

A metodologia de aplicação de Coaching que criei e desenvolvi se baseia em três perguntas, mas elas só aparecem lá no meio do processo e a primeira delas é... O que você realmente quer? Lanço o desafio: Você aí do outro lado, sabe?