Obama fala de imigração e economia na América Latina

Por Gazeta Admininstrator

O presidente Barack Obama terminou sua visita a três países da América Latina em El Salvador, país de origem de um dos maiores grupos de imigrantes nos Estados Unidos. Depois de falar sobre economia no Brasil e renovação das relações entre os EUA e América Latina no Chile, o presidente dos Estados Unidos encerrou sua viagem falando sobre imigração.

Obama e o presidente de El Salvador concordaram que a melhor estratégia para acabar com a imigração ilegal é a criação de crescimento econômico na região.

Em um encontro privado com o presidente de El Salvador, Mauricio Funes, Obama se disse empenhado em buscar uma reforma abrangente das leis de
imigração que reforce a segurança das fronteiras americanas e também ofereça um caminho à cidadania para imigrantes indocumentados que viveram durante anos nos Estados Unidos e têm empregos e famílias.

Mas esse objetivo legislativo, que Obama arquivou durante os dois primeiros anos de sua administração, quando se concentrava na economia e na revisão do sistema de seguro-saúde, está moribundo, agora que os republicanos, que se opõem a um processo de cidadania, tomaram o controle da Câmara. Durante entrevista coletiva, Obama apontou que alguns republicanos, incluindo seu rival presidencial de 2008, o senador John McCain do Arizona, havia apoiado anteriormente o tema imigração.

“Minha esperança”, disse ele, “é que eles comecem a reconhecer no próximo ano que não podemos resolver este problema sem ter uma abordagem ampla e abrangente” - uma perspectiva que, acredita-se, não será abordada até às eleições de 2012. “A política disso é difícil”, Obama reconheceu, “mas finalmente estou confiante que vamos conseguir”.

Obama, resumindo o encontro particular com líderes, disse: “O presidente Funes está empenhado em criar mais oportunidades econômicas aqui em El Salvador para que as pessoas não sintam que têm que seguir para o norte para sustentar as suas famílias”, ou “juntar-se a uma rede criminosa de drogas”, a fim de permanecerem no país.

A indústria brasileira ficou bem otimista com a visita de Obama

Além dos elogios rasgados feitos ao Brasil, esbanjando charme e carisma, a visita do presidente Obama foi vista com otimismo pela indústria brasileira.

No dia 19, diversos encontros bilaterais foram realizados em Brasília. Industriais participaram das reuniões, ansiosos para ampliar o mercado para produtos brasileiros e reverter o déficit nas transações com os EUA, que no ano passado chegou a 11,4 bilhões de dólares.

Presidentes das 18 maiores empresas do Brasil e EUA apresentaram a Obama e à presidente Dilma Rousseff uma relação de recomendações para fortalecer a relação econômica entre os dois países, incluindo reforma tarifária e alfandegária e mudanças no sistema de vistos.

Especialistas estimam que as vendas de etanol do Brasil para os EUA cresceriam em $2.5 bilhões ao ano, se Washington removesse as tarifas
protecionistas, (que são $0.54 por galão, mais 2.5% do valor). Outras barreiras também limitam que o Brasil exporte alimentos aos Estados Unidos.

Obama participou também de outro evento com 400 empresários e executivos, organizado pela Confederação Nacional da Indústria para debater energia e infraestrutura.

“A presença de Obama é uma sinalização firme e clara de que os Estados Unidos veem hoje o Brasil como um grande e importante aliado no mundo, não só comercial mas também político”, disse o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade. “Nós não queremos
apenas comprar produtos americanos, nós queremos vender para os Estados Unidos”, disse, apontando para o esforço de diversificar a natureza das exportações brasileiras que, atualmente, é em grande parte formada por commodities.

Durante a visita de Obama, Brasil e EUA assinaram o Tratado de Cooperação Econômica e Comercial (Teca), que abre caminho para a discussão de questões relacionadas à bitributação e a barreiras comerciais, entre outros.

“Foi mais um encontro de cumprimentos. Os tópicos já mencionados foram reforçados. Foi mais um gesto de ele (Obama) vir e dizer que eles querem estar mais próximos dos brasileiros”, disse o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf.

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