O presidente Barack Obama se reuniu, no dia 25, com os presidentes da Guatemala, Otto Pérez Molina; de El Salvador, Salvador Sánchez Cerén; e de Honduras, Juan Orlando Hernández, e acertaram enfrentar juntos as causas da crise de imigração infantil na fronteira sul dos Estados Unidos. As informações são da “EFE” e da “CNN”.
“Expressamos nosso compromisso para trabalhar juntos com um espírito de responsabilidade compartilhada para resolver as causas subjacentes da migração ao reduzir a atividade criminal e promover uma maior oportunidade social e econômica”, afirmaram os quatro líderes em uma declaração conjunta depois de se reunir na Casa Branca.
“Todos nós acertamos que uma solução eficaz requer um esforço integral conjunto de parte dos governos de El Salvador, Guatemala, Honduras e dos Estados Unidos, da mesma forma que outros países na América Central e do México e Colômbia”, agregaram.
Além disso, os líderes da América Latina informaram a Obama que já estão trabalhando em “um plano integral para abordar as causas subjacentes da situação humanitária na fronteira”, no qual os Estados Unidos também colaborará junto com outros parceiros internacionais. Os presidentes também prometeram criar condições seguras e com oportunidades para cidadãos de seus países.
Além disso, os quatro presidentes manifestaram “a necessidade de uma resposta humanitária à situação” colocada pela imigração infantil, “com um enfoque na segurança e bem-estar das crianças e das famílias” e que estes possam ser atendidos com “o devido processo”.
Os líderes pediram para “continuar perseguindo as redes criminosas que exploram esta população especialmente vulnerável” e em “acabar com o uso de redes de contrabando que colocam os indivíduos em um alto risco de crimes violentos e abusos sexuais ao longo da viagem”.
Eles se comprometeram ainda a redobrar os esforços conjuntos “para reduzir a informação errônea sobre a política de imigração dos Estados Unidos”, em referência às campanhas de desinformação dos grupos criminosos que se dedicam ao tráfico de pessoas sobre as supostas facilidades para a obtenção de papéis nos Estados Unidos.
Em uma visita de três dias a Washington, os presidentes centro-americanos também se reuniram com diversos congressistas com objetivo de buscar soluções multilaterais à crise migratória.
Lutando por uma solução
A administração e o Congresso têm lutado nas últimas semanas para chegar a um consenso sobre como lidar com a onda que tem sobrecarregado os serviços de fronteiras e imigração. Obama pediu ao Congresso $ 3,7 bilhões de dólares em fundos de emergência para os esforços de fronteira, enquanto os republicanos e alguns democratas no Congresso resistem a essa proposta, oferecendo alternativas.De qualquer maneira, Obama e outros temem que legisladores saiam no fim da semana para o recesso de agosto sem aprovação de uma solução.
A expectativa é que os republicanos da Câmara votem em um projeto de lei de fronteira em escala reduzida ainda esta semana. A proposta daria menos de $1 bilhão de dólares para enfrentar a crise e modificar uma lei de 2008 para tornar mais fácil para deportar crianças da América Central que entram ilegalmente nos Estados Unidos.
Atualmente, essas crianças podem ficar até receberem uma audiência de imigração. Esse processo pode levar meses ou anos. Democratas temem que acelerar o processo vai resultar no retorno de muitos para situações caracterizadas como de violência em seus países.