Obama ordena revisão da eleição por suposta interferência da Rússia

Por Gazeta News

O presidente Barack Obama ordenou uma revisão completa por suposta ação de hackers nas eleições presidenciais americanas de 2016, informou a assessoria de segurança interna e contraterrorismo do presidente nesta sexta-feira, dia 9.

O pedido é para que a equipe de inteligência do governo realize uma revisão completa do que aconteceu durante o processo eleitoral, a fim de capturar lições aprendidas e para informar as partes interessadas, diante de dúvidas se houve ou não interferência por parte da Rússia.

Após a decisão, vários legisladores democratas pediram nesta sexta-feira, dia 9, que o presidente Barack Obama publique os detalhes da investigação sobre a suposta interferência russa na eleição presidencial americana, diante do temor de que o tema fique enterrado quando Donald Trump assumir o poder, em janeiro.

Os legisladores disseram que não refutam o resultado da eleição, mas querem que se torne público o que acreditam que foi uma tentativa de um rival estrangeiro de erodir os pilares da democracia americana.

"Ao erodir a confiança dos americanos e dos estrangeiros nas instituições dos Estados Unidos, a Rússia enfraquece nosso país e semeia instabilidade e incerteza global", afirmaram os líderes democratas da Câmara de Representantes em uma carta enviada na terça-feira a Obama.

Donald Trump não acredita que Moscou tenha relação com os vazamentos de e-mails privados que prejudicaram Hillary Clinton na disputa presidencial.

Funcionários da inteligência americana anunciaram no dia 7 de outubro que "o governo russo dirigiu os recentes vazamentos de e-mails de indivíduos e instituições americanas, incluídos os de organizações políticas dos Estados Unidos".

"Estes roubos e divulgações pretendem interferir no processo eleitoral", indicaram em um comunicado o Departamento de Segurança Interior e o Gabinete do Diretor da Inteligência Nacional.

Os legisladores democratas, que já foram informados em particular por agentes de inteligência, sugerem que há algo mais que os vazamentos e que é preciso tornar estes fatos públicos.

O senador Ron Wyden e outros seis democratas do Comitê de Inteligência do Senado convocaram Obama em uma carta de 29 de novembro a revelar mais sobre o assunto.

As acusações são de que Moscou estava ajudando Trump, que tem interesses empresariais na Rússia e uma visão menos crítica sobre o presidente russo, Vladimir Putin, do que Obama e Hillary.

Fonte: CNN.