Onda de calor na Europa leva 11 países a declarar emergência

Por Gazeta News

onda-de-calor-europa- Gonzalo Fuentes Reuters
[caption id="attachment_150814" align="alignleft" width="384"] Banhistas aproveitam as águas próximas à Torre Eiffel, em Paris. Foto: Gonzalo Fuentes/Reuters.[/caption]

Apelidada de “Lucifer”, uma forte onda de calor no Mediterrâneo segue firme nesta semana em toda a Europa onde onze países anunciaram um plano de emergência pelo calor extremo -a pior onda de calor em 14 anos.

A emergência já foi declarada na Itália, Suíça, Hungria, Croácia, Romênia, Sérvia, Bósnia, Espanha e França, onde as autoridades pedem aos cidadãos para que adotem medidas extras de proteção, como evitar sair nos horários mais quentes, beber muita água e usar protetor solar. O clima é considerado o mais quente desde 2003, com temperaturas que ultrapassam 40 °C.

Para os cientistas, o fenômenodeve se repetir nos próximos anos com maior regularidade, afetando até estruturas de cidades, o abastecimento de água, o turismo, transporte e a produção agrícola.

O Meteoalarm, sistema de alerta meteorológico, emitiu alertas vermelhos para a Itália, Croácia e Hungria. Duas pessoas já morreram, na Polônia e na Romênia. Em 2003, a Europa descobriu que a onda de calor tinha matado mais de 20 mil pessoas. Algumas das mais altas temperaturas foram registradas na Itália, com 43ºC em Roma e 44ºC na Sardenha, com a possibilidade de chegar a 46ºC. Na Espanha, existem avisos de tempo quente em 31 das 50 províncias do país, e Córdoba atingiu 43 °C. Algumas regiões estão experimentando seca severa e há preocupações sobre incêndios florestais, além da ameaça para a saúde humana. Já em Belgrado, Sérvia, grupos defensores de animais recomendam os moradores a colocar tigelas de água fora de seus edifícios e parques para cães de rua.

Em Roma, as autoridades indicaram que as internações aumentaram em 15% nesta semana e pontos turísticos tiveram que fechar as portas por algumas horas.

A expectativa é de que a onda de calor dure até meados da próxima semana e já é o segundo pico neste verão. Em julho, as altas temperaturas ainda favoreceram incêndios e mesmo cortes de energia em algumas regiões.

Com informações da Agência Reuters.