Onda de violência continua no Timor.

Por Gazeta Admininstrator

A onda de violência continuou neste domingo(28) em Dili, capital do Timor Leste. Residências foram incendiadas e vários confrontos entre grupos rivais ocorreram nas principais avenidas da capital.

De acordo com as unidades australianas das organizações Caritas e Cruz Vermelha, atualmente, cerca de 50 mil pessoas necessitam de alimentos e roupa.

“Os atos de violência, com incêndios e intimidações, dificultam o nosso trabalho e aumentam o temor pela situação nas igrejas, onde muita gente se refugiou', disse o diretor da Caritas Austrália, Jack de Groot à agência australiana 'AAP'.

A Caritas Austrália conta com pessoal de apoio aos timorenses refugiados em igrejas, conventos e outros centros em Dili.

Já o diretor da Cruz Vermelha australiana, Robert Ticker, fez um apelo internacional para poder fornecer ajuda humanitária a cerca de 50 mil timorenses refugiados em acampamentos.

O comandante das tropas australianas no Timor, Mick Slater, disse em entrevista que as centenas de refugiados no aeroporto e na embaixada australiana devem voltar para suas casas e facilitar o trabalho dos soldados.

Slater explicou que as tropas, que começaram a desarmar todos os timorenses, não estão conseguindo se concentrar na tarefa de restabelecer a segurança.

Os membros das forças de segurança 'serão os únicos a portar armas', disse o comandante australiano. Os soldados começaram a confiscar machados, facas e pistolas dos membros dos grupos em conflito.

A Austrália anunciou neste domingo o envio de mais 50 agentes da Polícia ao Timor Leste. Eles vão se unir a outros 1.300 militares e policiais.

A Malásia, com 500 homens, Nova Zelândia, com 120, e Portugal, com mais 120, também atenderam ao pedido de ajuda das autoridades do Timor Leste esta semana.

A onda de violência foi provocada pela dispensa, por suposta insubordinação, de 591 militares. O primeiro-ministro do Timor Leste, Mari Alkatiri, denunciou ontem em entrevista coletiva, que a crise é uma tentativa de um golpe de Estado.