Onda de violência deixa São Paulo em alerta total.

Por Gazeta Admininstrator

Até a noite deste domingo(14), já eram registrados 44 rebeliões em presídios paulistas e cerca 55 mortos no estado.

A onda de rebeliões realizadas pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) em São Paulo se intensificou e, no domingo à noite, já eram registrados motins em44 penitenciárias e CDPs (Centros de Detenção Provisória) no estado, com 227 pessoas mantidas como reféns.

Desde a noite de sexta-feira(12), quando também começou a maior onda de ataques contra forças de segurança de São Paulo, presos iniciaram rebeliões em 64 unidades.

Nas ruas de diversas cidades, a violência se espalhou e, desde sexta-feira, foram confirmados cerca de 100 cem ataques, com 55 mortes.

Sendo que deste total,35 são policiais civis, militares, integrantes de guardas metropolitanas ou agentes de segurança de penitenciária.
3 civis foram mortos, entre eles a namorada de um policial, e 17 suspeitos de envolvimento nos crimes, de acordo com estimativa parcial do governo do estado.

A onda de violência teve início na tarde de sexta-feira, em Avaré e em Iaras. Além das ofensivas feitas contra as delegacias, pelo menos 9 ônibus foram incendiados no domingo, durante mais um dia de ataques do PCC.

E as rebeliões começaram ontem a se espalhar pelo País, atingindo presídios do Paraná e do Mato Grosso do Sul.

Em 2001, uma megarrebelião orquestrada pelo PCC atingiu 29 unidades no dia 18 de fevereiro. Os líderes do grupo conseguiram organizar o movimento e dar a ordem para o início dos motins se comunicando por meio de telefones celulares. O dia escolhido foi um domingo, momento em que os presídios estavam repletos de parentes e amigos dos presidiários que faziam a visita semanal.

Motivos

As ações são planejadas pelo PCC, em retaliação à decisão do governo estadual de isolar líderes da facção. Na quinta-feira, 765 presos foram transferidos para a penitenciária 2 de Presidente Venceslau (620 quilômetros a oeste de São Paulo), com a intenção de coibir ações promovidas pela facção.

Na sexta-feira, oito líderes do PCC foram levados para depoimento na sede do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic), na Zona Norte de São Paulo. Entre eles estava o líder da facção, Marcos Willians Herba Camacho, o Marcola. No sábado, ele foi levado para a penitenciária de Presidente Bernardes (589 quilômetros a oeste de São Paulo), considerada a mais segura do País. Na unidade, ele ficará sob o Regime Disciplinar Diferenciado, bem mais rigoroso.