ONU: Uma criança apátrida nasce a cada dez minutos

Por Gazeta News

[caption id="attachment_95959" align="alignleft" width="300"] Os menores contam que são tratados como invisíveis nos países em que vivem. Foto: Charles Roffey/Flickr[/caption]

A Organização das Nações Unidas (ONU) alertou, no dia 3, para o problema das crianças apátridas (sem nacionalidade). Segundo a organização, nasce um bebê a cada dez minutos nessa situação e o problema ganha novas dimensões com o conflito na Síria e a crise migratória europeia.

Em relatório, a Agência das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) lembra que 10 milhões de pessoas no mundo são consideradas apátridas, ou seja, não têm nacionalidade, e afirma que essa condição tem efeitos muito nocivos nas crianças, provocando sentimentos de discriminação, frustração e desesperança que podem prolongar-se até a idade adulta.

O relatório é o maior estudo da Acnur sobre a questão dos menores apátridas e conta com 250 testemunhos de crianças, jovens, pais e tutores de diversos países.

Os menores contam que são tratados como estrangeiros nos países em que vivem. Muitos deles descrevem-se como “invisíveis”, “extraterrestres”, “a viver na sombra”, “cães de rua” ou “sem valor”. É frequente ainda terem direitos negados, como a obtenção de diplomas acadêmicos ou o acesso a diversos postos de trabalho.

A divulgação da pesquisa coincide com o primeiro aniversário de lançamento da campanha “#IBelong# pela Acnur, que tem como objetivo combater a condição de apátrida. A agência pede a todos os países que se juntem a essa campanha, considerando que o problema é “relativamente fácil de solucionar e prevenir”. Fonte: Agência Brasil.