Miami investiga segunda morte após cirurgia para aumentar o bumbum

Por Gazeta News

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Miami teve o segundo caso de morte este ano durante um procedimento para aumentar o bumbum, apelidado de “brazilian butt lift”. A tragédia aconteceu em uma clínica de cirurgia estética de Miami, chamada Vanity Cosmetic Surgery, e está fazendo com que autoridades abram uma investigação, disseram noticiários locais.

“A mulher morreu na última semana, depois de ter feito um tratamento na clínica, e os detetives da divisão de homicídios estão investigando os fatos”, afirmou à agência “EFE”, Álvaro Zabaleta, porta-voz da polícia do condado de Miami-Dade.

A paciente, Maribel Hernandez, de 51 anos, e residente em Naples, se submeteu a um tratamento de duas horas, que consiste na lipossucção de gordura de uma parte do corpo da paciente para injetá-la nos glúteos e aumentar seu tamanho, segundo o jornal “El Nuevo Herald”.

O médico que fez a operação, Anthony Hassan, explicou à publicação que a cirurgia transcorreu normalmente, mas que a paciente alegou que se sentia indisposta quando foi para a sala de recuperação.

Transferida para o Kendall Regional Hospital, a mulher morreu poucas horas depois, no dia 11, vítima de uma embolia pulmonar, provavelmente causada por restos de gordura que passaram para a corrente sanguínea ou pela formação de um coágulo de sangue em uma perna da paciente.

Consultado por “El Nuevo Herald”, o cirurgião plástico especialista, Bernebé Vazquez, disse que, embora resultados da autópsia ainda não tenham saído, é possível que a agulha que foi usada para injeção de gordura nas nádegas tenha perfurado uma veia, colocando gordura na corrente sanguínea.

Este é o segundo caso de morte em função do tratamento de cirurgia cosmética em Miami neste ano, apesar de que, desta vez, o centro de saúde conta com todas as permissões para realizar este tipo de operação.

Em abril, outra mulher de origem hispânica, de 28 anos, também morreu após se submeter ao tratamento de aumento de glúteos em uma clínica particular de Miami que, segundo as autoridades, tinha permissão para funcionar apenas como centro de beleza e massagens.

A jovem se sentiu indisposta após o fim da cirurgia e foi transferida para o hospital, onde morreu, aparentemente, de embolia pulmonar ou insuficiência respiratória.

As autoridades abriram uma investigação e procuram pelo suposto médico - de origem venezuelana e cuja identidade não foi revelada - responsável pela cirurgia, que supostamente causou a morte da paciente.

Caso da brasileira Adriana Silva

Em abril, o sul da Flórida já foi questionado como o destino da má sorte quanto às cirurgias plásticas. Adriana Silva, de 39 anos, veio de Nova York para a Flórida para uma cirurgia no dia 5 de abril, na qual colocaria silicone nos seios, faria plástica na barriga, no pescoço e uma lipoaspiração. Todo o procedimento foi feito sob anestesia geral e durou cinco horas.

Segundo familiares, ela ficou poucas horas na sala de recuperação e teve alta. A brasileira chegou em casa, mas mal estava consciente. O namorado acabou levando a brasileira para o Bethesda Hospital no dia seguinte, em Boynton Beach, onde ela entrou em coma e sofreu morte cerebral. Familiares eventualmente concordaram em desligar os aparelhos e doarem seus órgãos, de acordo com informações cedidas pelo advogado.