A cúpula da Segurança do Rio de Janeiro desbaratou, no dia 15, um esquema de corrupção orquestrado por policiais militares do Rio de Janeiro, que levou à prisão de 23 policiais militares, acusados de cobrar propina de comerciantes, empresários e ambulantes em Bangu, bairro da zona oeste.
O major da Polícia Militar, Edson Alexandre Pinto de Góes, subcomandante do Comando de Operações Especiais (COE), se entregou, no dia 16, após ser considerado foragido. Na casa do major, agentes encontraram R$ 420 mil em espécie e joias.
Ainda foram encontrados R$ 33 mil na casa de um sargento. Outro detido é o chefe do Comando de Operações Especiais da Polícia Militar (PM), coronel Alexandre Fontenelle Ribeiro de Oliveira, também responsável pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope) e de Choque e de Ações com Cães. Considerado o chefe da quadrilha, Fontenelle é um dos mais importantes oficiais na hierarquia da Polícia Militar.
A quadrilha atuava há pelo menos dois anos exigindo propinas de R$ 10 a R$ 10 mil para não reprimir ações criminosas de mototaxistas, motoristas de vans e kombis não autorizadas, transporte de cargas em situação irregular ou a venda de produtos piratas no comércio popular de Bangu. De acordo com o promotor de Justiça, Cláudio Calo, mesmo empresas de eletrodomésticos que fossem entregar mercadoria na região tinham que pagar propina aos policiais. As informações são da “Agência Brasil”.