Operação Chacal da PF prende "coiote" envolvido em imigração ilegal para os EUA

Por Arlaine Castro

Polícia Federal
A Polícia Federal deflagrou no último sábado, 5, a Operação Chacal, que investiga a falsificação de documentos e a imigração ilegal de estrangeiros no Brasil e nos Estados Unidos. Com o objetivo de desarticular a organização criminosa internacional que falsifica documentos e promove a entrada ilegal de pessoas em diversos países, foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e um de busca e apreensão em Epitaciolândia (AC), a 230 quilômetros de Rio Branco. Segundo a PF, o grupo atuava com contrabando de pessoas de Assis Brasil, no Acre, município na fronteira do País com o Peru e a Bolívia, e estava sendo monitorada por autoridades americanas por promover a entrada ilegal de iranianos nos Estados Unidos e no Canadá. A investigação teve início após um grupo de iranianos ter sido preso tentando ingressar no Brasil usando passaportes falsos. Supõe-se que o grupo tinha como objetivo chegar ao Canadá, porém com as fronteiras internacionais fechadas, dificultou-se a realização desse intento. Com a atuação conjunta entre a INTERPOL, a colaboração da Adidância da Polícia de Imigração e Alfândega - Homeland Security Investigations (HSI), na Embaixada dos EUA em Brasília, e Polícia Federal, chegou-se aos verdadeiros nomes dos iranianos, dentre os quais havia o coiote, que seria o responsável pela promoção da entrada ilegal desses iranianos no país. Um dos presos tem sido investigado e monitorado pelas autoridades dos EUA por envolvimento em contrabando de pessoas do Oriente Médio para as Américas e Europa nos últimos doze anos. O nome da operação foi dado em razão de que o contrabandista de pessoas é denominado informalmente de “coiote”, cujo animal é chamado de chacal americano. No cumprimento do mandado de busca e apreensão foram apreendidos um celular, um notebook, diversos chips telefônicos de países diferentes, cartões de crédito em nome de várias pessoas e documentos diversos.