Operação Dominó da polícia federal já prendeu 24 em Rondônia.

Por Gazeta Admininstrator

O superintendente regional da Polícia Federal de Rondônia, delegado Joaquim Mesquita, informou nesta sexta-feira (4) que 24 pessoas foram presas, até o momento, pela Operação Dominó, em Rondônia. A quadrilha é acusada de praticar diversos crimes administrativos, como desvio de recursos públicos, corrupção, prevaricação, concussão, peculato, extorsão, lavagem de dinheiro e venda de sentenças judiciais.

Entre os presos estão o presidente do Tribunal de Justiça de Rondônia, desembargador Sebastião Teixeira Chaves, o presidente da Assembléia Legislativa do Estado, deputado José Carlos de Oliveira (PL), o “Carlão”, acusado de liderar do esquema fraudulento, o ex-procurador-geral de Justiça, Abdiel Ramos Figueira, o vice-presidente do Tribunal de Contas de Rondônia, Edílson de Sousa Silva, além de outros juízes, desembargadores, promotores e mais nove deputados estaduais. De acordo com a Polícia Federal, as prisões ocorreram sem resistência.

A operação também cumpriu 60 mandados de busca e apreensão. Mais de 300 policiais federais do Amazonas, Distrito Federal, Mato Grosso, Acre e Rondônia participaram das buscas e prisões. Segundo divulgada pela PF, o grupo criminoso desviou desde 2004 cerca de R$ 70 milhões dos cofres públicos, por meio do pagamento de serviços, compras e obras superfaturadas.

“Essa investigação demonstra a existência de uma grande organização criminosa no estado de Rondônia, que teve início na Assembléia Legislativa e estendeu seus ‘tentáculos’ para parte dos poderes do Estado, comprometendo e envolvendo pessoas do Tribunal de Justiça, do Tribunal de Contas, do Ministério Público e do Poder Executivo”, resumiu Mesquita.

O degado informou que as pessoas que foram presas por mandado expedido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), ou seja, os membros do alto escalão do governo de Rondônia, serão transferidas para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília.

Agência Brasil