As maiores epidemias da história

Peste negra, cólera, tuberculose, gripe espanhola, Aids - epidemias que mataram milhões de pessoas. Algumas não foram erradicadas mas são mantidas sob controle através de medicamentos e vacinas.

Por POR | ARLAINE CASTRO

A pandemia de coronavírus que a Organização Mundial de Saúde anunciou que estamos vivemos na quarta-feira, 11, faz parte de uma longa história de epidemias (número de casos acima do esperado em diversas regiões de um país) e pandemias (epidemia que se espalha por diversas regiões do planeta) sofridas pela humanidade.

Peste negra, cólera, tuberculose, gripe espanhola, Aids. Ao longo da história foram muitas as epidemias que mataram milhões de pessoas. Algumas doenças foram combatidas e até erradicadas, graças ao desenvolvimento de medicamentos e vacinas; outras, embora ainda sem cura, podem ser mantidas sob controle.

Peste Negra - também conhecida como peste bubônica, foi uma epidemia que matou boa parte da população do planeta no século XIV, principalmente de países da Europa e Ásia. A doença foi sendo combatida à medida que foi se melhorando a higiene e o saneamento das cidades, diminuindo a população de ratos urbanos.

Cólera - conhecida desde a Antiguidade, teve sua primeira epidemia global em 1817. O vibrião colérico é transmitido por meio de água ou alimentos contaminados. A cólera é uma doença que surgiu na Índia e se espalhou pelos demais países durante o século XIX, se disseminando através da contaminação de comida e água.

Tuberculose - a combate foi acelerado em 1882, depois da identificação do bacilo de Koch, causador da doença. Hoje, à base de antibióticos, a tuberculose pode ser curada com um tratamento intensivo, mas durante o século XIX, na Europa, a epidemia matou aproximadamente um quarto da população adulta do continente.

Varíola - a doença atormentou a humanidade por mais de 3 mil anos. Até celebridades da história como o faraó egípcio Ramsés II, a rainha Maria II da Inglaterra e o rei Luís XV da França tiveram a temida "bexiga". Uma vacina foi inventada em 1796 para combater a doença, mas ela voltou em 1960. É considerada erradicada do planeta desde 1980, após campanha de vacinação em massa.

Gripe espanhola - em 1918, uma mutação do vírus da gripe se espalhou rapidamente pelo mundo e, em questão de um ano, matou pelo menos 50 milhões de pessoas. Foi batizada de gripe espanhola, embora tenha feito vítimas no mundo todo. No Brasil, matou até o presidente Rodrigues Alves.

Ebola - no ano de 2014 o mundo viveu o maior surto de ebola da história. O vírus, que mata entre 50% e 90% das pessoas que o contraem em questão de dias, ameaçou deixar a África e atacar outros continentes.

Tifo Epidêmico - atormentou a humanidade durante muito tempo, matando milhares de pessoas. A doença é causada por um micróbio existente em piolhos. Uma vacina foi desenvolvida durante a Segunda Guerra Mundial e o tifo epidêmico hoje é bastante controlado, apresentando remotos casos em áreas da América do Sul, África e Ásia.

Sarampo - altamente contagioso, era uma das causas principais de mortalidade infantil até a descoberta da primeira vacina, em 1963. Com o passar dos anos, a vacina foi aperfeiçoada, e a doença foi erradicada em vários países.

Malária - a Organização Mundial de Saúde considera a malária a pior doença tropical da atualidade. Em 1880, foi descoberto o protozoário Plasmodium que causa a doença, transmitida por picada de mosquito contaminado. As maiores epidemias de malária aconteceram durante a Primeira e Segunda Guerra Mundial, matando milhões de pessoas.

Febre amarela - matou milhões de pessoas no passado e hoje, apesar da vacina e dos programas de prevenção, a febre amarela ainda assola regiões da América do Sul e da África.

Poliomielite - a doença é causada pelo poliovírus, que ataca o sistema nervoso humano. Não existe cura efetiva para a poliomielite, mas a vacina, aperfeiçoada na década de 1950, garantiu o controle e extinção da doença em boa parte do mundo.

Referência: "Grandes epidemias na história da humanidade" - Jornal da Orla.