Oposição democrata acusa republicanos de bloquear reforma.

Por Gazeta Admininstrator

A oposição democrata no Senado, encabeçada por Harry Reid, acusou o presidente George W. Bush e seus aliados republicanos no Congresso de bloquear uma eventual reforma migratória.

Furante uma en-trevista coletiva, o líder da minoria democrata, Harry Reid, disse que a convocação de mais audiências é uma tática que pretende postergar a votação final sobre a reforma.

Os democratas não ocultam seu mal estar porque os republicanos na Câmara de Representantes têm previsto realizar mais audiências sobre imigração em julho, em Washington, e uma série de reuniões em agosto em outros estados do país para analisar as diferenças entre os projetos aprovados por ambas as câmaras do Congresso, e que têm que ser harmonizados.

Reid manifestou sua frustração porque já se passaram quatro semanas e os republicanos ainda não indicaram quando iniciarão o processo legislativo, no qual ambas as câmaras do Congresso devem elaborar o texto final do projeto de lei da reforma da imigração.

Também criticou o que considerou como falta de liderança do presidente Bush para pressionar os republicanos para que submetam a reforma ao processo bicameral. “O presidente disse que apóia uma reforma migratória integral (...) pode fazer todos os discursos que queira, mas deve atuar agora”, disse Reid.

Ele acrecentou que “Bush quer um projeto de imigração”, mas com sua inatividade, disse Reid, “na verdade quer dizer o contrário. Não a quer”, concluiu.

O senador democrata Edward Kennedy fez eco às declarações de Reid, ao afirmar que os republicanos da Câmara de Representantes já realizaram suficientes audiências sobre imigração e que agora é o momento de atuar. “Enfrentamos uma crise de imigração que, ao invés de mais audiências, o que requer é uma ação imiediata e integral.

Sabemos qual é o problema e como corrigí-lo”, disse Kennedy ao pedir uma resolução imediata para o tema.

No dia 25 de maio o Senado aprovou por 62 votos a 36 um projeto de reforma migratória que, fiel aos desejos da Casa Branca, inclui mais vigilância fronteiriça, um programa de trabalhadores temporários e uma possível legalização de boa parte dos imigrantes indocumentados.

Tal projeto, no entanto, tem que ser harmonizado com aquele aprovado pela Câmara de Representantes em dezembro passado e que, longe de oferecer benefícios aos imigrantes indocumentados, os converte em criminosos e penaliza a quem os ofereça ajuda.