Os corais artificiais do Sul da Flórida

Por Gazeta Admininstrator

Para os viajantes e aventureiros, ver fotos da National Geographic geralmente traz uma vontade de viajar misturada à sensação de que
você dificilmente será capaz de estar naquele lugar remoto algum dia. Mas isso nem sempre é verdade. A edição da National Geographic de fevereiro de 2011 traz imagens de corais artificiais nos Estados Unidos, sendo alguns deles localizados no sul da Flórida; algo que, com algum planejamento, pode se tornar realidade aos aventureiros de plantão.

As fotos do fotógrafo David Doubilet nos trazem, a fundo, ao coração dos corais artificiais encontrados nas águas do oceano.

Os corais artificiais, que podem ser um monte de blocos de cilindro, um navio afundado, ou qualquer sucata descartada pelos humanos, geralmente concentram uma quantidade de vida marinha impressionante, cujo próprio artigo da revista diz que é algo que os peixes “não podem resistir”. Mas isso depende de alguns fatores, como a profundidade, o tipo de material e a temperatura.

Os corais artificiais acabam causando importante impacto na economia local, tanto para os pescadores como às companhias de turismo e mergulho.

Ao mesmo tempo, pesquisadores questionam se os corais artificiais criam mais vida marinha ou apenas concentram mais espécies em um lugar só – e
assim facilitando a vida dos pescadores – ao depositar lixo humano no fundo dos oceanos. Outros alegam que os corais servem para presas se esconderem de predadores. Enquanto isso é pesquisado, a matéria publicada na National Geographic faz com que mais pessoas se interessem em visitar esses maravilhosos, e ao mesmo tempo controversos, monumentos criados
pelo homem.

As águas nas Florida’s Keys abrigam diversos corais artificiais, como os navios Duane e Bibb da Coast Guard, o Spiegel Grove e o Navio General Hoyt S. Vandenberg, afundado em maio de 2009 a 7 milhas ao
sul de Key West.

Além disso, na Flórida há um inteiro porta-aviões, o U.S.S. Oriskany, afundado a 20 milhas de Pensacola, que é o maior navio no mundo intencionalmente afundado para se tornar um coral artificial, de acordo
com a reportagem da National Geographic. Há ainda o Neptune Memorial Reef, um cemitério criado no fundo do oceano, na costa de Miami Beach.

Fora da Flórida, há dúzias de outros navios da Segunda Guerra afundados no Golfo, nos Oceanos Atlântico e Pacífico.

Programe-se:
Caso esteja procurando um programa para ser feito em um dia, são cerca de 70 milhas de Miami a Key Largo, onde há inúmeras opções de programas que
não só incluem mergulho, mas também nadar com golfinhos, pescar, ou visitar um dos dois parques estaduais, um parque nacional ou um santuário marinho nacional.

O John Pennekamp Coral Reef Park é o primeiro parque submerso nos Estados Unidos, e completou 50 anos em 2010.

Há diversas formas de programar uma visita a uma dessas monumentais atrações próximas de quem vive na Flórida, de acordo com seu gosto, tempo e
orçamento. Abaixo seguem alguns sites com mais informações.

Sobre informações a visitantes, o que fazer e serviços de mergulho, tanto de scuba diving como snorkeling,
visite:

www.floridakeys.com
www.keylargochamber.org
www.keywest.org.

O site da Upper Keys Artificial Reef Foundation conta a história dos corais artificiais, com fotos e outras informações. Acesse: www.keylargowrecks.com.

Em Broward, um projeto controverso

Durante a década de 70, um projeto de construção de um coral artificial foi marcado pelo fracasso no Condado de Broward: o Osborne Tire Reef. Inicialmente, o projeto foi considerado uma boa ideia para que o condado se livrasse de milhões de pneus descartados na área, criando assim um coral artificial na costa de Fort Lauderdale.

Ao longo dos anos, no entanto, muitos pneus foram movidos por furacões e atividades no oceano, danificando outros corais existentes na mesma área. Além disso, descobriu-se que a borracha não propicia o crescimento de corais.

Por isso o projeto de implantação desses corais artificiais virou um projeto para remoção dos mesmos, chamado Osborne Reef Waste Tire Waste Tire Removal Project.

Entre 2001 e 2002, vários esforços foram feitos para a remoção dos pneus, o que resultou no desperdiço de milhões de dólares sem solução. Em 2007, o US Military entrou no projeto para remover os pneus. Mergulhadores têm removido mil pneus por dia desde então.

A meta é de remover 700 mil dos dois milhões de pneus no coral.