Ovos contaminados afetam 15 países europeus, Suíça e Hong Kong

Por Gazeta News

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A investigação criminal sobre o mais recente escândalo alimentar da Europa foi intensificada após a comissão europeia anunciar que já são 17 países afetados pela crise dos ovos contaminados, segundo a Comissão Europeia nesta sexta-feira, 11. Ao todo, são 15 países da União Europeia, além da Suíça e Hong Kong.

Após as prisões na quinta-feira, 10, de dois diretores de uma empresa holandesa acusados de fornecer um inseticida prejudicial à saúde humana, proibido aos agricultores, um terceiro homem, cuja casa foi invadida por pesquisadores, falou à mídia holandesa sobre suas preocupações com a legalidade da empresa envolvida no escândalo.

Dos países atingidos na União Europeia estão Bélgica, Holanda, Alemanha, França, Suécia, Reino Unido, Áustria, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Polônia, Romênia, Eslováquia, Eslovênia e Dinamarca, conforme informado por um porta-voz do Executivo europeu.

Há granjas "bloqueadas" em quatro países, nos quais se confirmou a presença da utilização ilegal de fipronil, um inseticida estritamente proibido nos criadouros de galinhas, por parte de empresas de desinfecção que trabalhavam em explorações agrícolas da Holanda, Bélgica e Alemanha.

Os demais integrantes da lista "receberam exportações procedentes desses quatro países", acrescentou.

Na semana passada foram retirados milhões de ovos de supermercados alemães e holandeses, o que destacou o problema.

As investigações realizadas na Bélgica e na Holanda se aceleraram na quinta-feira, o que levou à detenção de dois diretores de uma empresa que teria usado essa substância em galinheiros para tratamento contra o piolho vermelho.

A Comissão anunciou ainda que fará uma reunião com representantes desses países, em 26 de setembro próximo, para "tirar as lições" do episódio.

A princípio, os ovos contaminados representam riscos limitados para a saúde do consumidor. Poucos lotes contaminados que foram retirados dos mercados concentravam em apenas um ovo doses superiores a 0,54 mg de fipronil (o limite para uma pessoa de 60 kg calculado pela UE) e a imensa maioria apresentava taxas inferiores.

O fipronil está presente nos produtos veterinários utilizados em animais de estimação contra pulgas e carrapatos, mas seu uso é proibido em animais destinados ao consumo e à indústria alimentícia na União Europeia (UE). Em doses altas, pode provocar problemas neurológicos e vômitos.

Com informações do jornal The Guardian.