Padre acusado de pedofilia é preso novamente em São Luís

Por Gazeta Admininstrator

O padre Félix Barbosa Carreiro, de 43 anos, acusado de exploração sexual de menores e solto na segunda-feira, voltou para a prisão nesta quarta pela manhã, em São Luís. O juiz José Joaquim Figueiredo dos Anjos, da 2º Vara Criminal, especializada em crimes contra a criança e a adolescente, determinou a prisão preventiva do padre. Ao ser preso o religioso negou a confissão que havia feito no domingo.

O juiz maranhense justificou a decisão argumentando que o objetivo é evitar a fuga do acusado e garantir que a investigação tenha andamento. "Já tivemos casos em que o acusado de crimes sexuais contra crianças e adolescentes fugiu de São Luís. Houve deles que até deixaram o País", explicou Figueiredo.

Carreiro recebeu a voz de prisão quando prestava um novo depoimento na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), hoje pela manhã. Ele negou que teve envolvimento sexual com adolescentes, que consumiu drogas com rapazes antes de ir para o motel e que aliciava as vítimas pela internet, como havia confessado no dia da primeira prisão, na madrugada do sábado, em um motel na companhia de quatro jovens, dois deles adolescentes. "Disse aquilo porque estava pressionado pela imprensa, porque estava nervoso e alcoolizado", afirmou o padre, no depoimento.

Carreiro foi levado para o presídio de segurança máxima do Comando Geral da Polícia Militar e ficará em uma cela isolada para garantir sua segurança pessoal. Menores - Segundo a delegada Ana Karla Silvestre, titular da DPCA, já foram identificados 14 adolescentes aliciados pelo padre. Todos admitiram que mantiveram relação sexual com o religioso e pelo menos dois deles disseram que um outro padre da Arquidiocese de São Luís tem o mesmo comportamento. "Estamos começando um novo processo de investigação porque há denúncias de envolvimento de outro padre", disse a delegada.

No sábado o religioso foi autuado em flagrante por exploração sexual e atentado violento ao pudor, mas teve a prisão relaxada e um recebeu um alvará de soltura 48 horas depois da sua prisão. Ele pagou uma fiança de R$ 800,00 e foi colocado em liberdade.