Pai acusa avó de Sean de desfilar com ele antes de entregá-lo

Por Gazeta News

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Em entrevista à rede de TV “NBC”, David Goldman, pai do menino Sean Goldman, afirmou que a família materna de seu filho promoveu um "desfile" com a criança em 2009, antes de entregá-la às autoridades, acatando a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). David rebateu as críticas de Silvana Bianchi, avó de Sean, que classificou de "exibicionismo" e "crueldade" a primeira entrevista de Sean à TV americana. As informações são do “Terra”.

"Eu penso que exibicionismo foi quando eles desfilaram com meu filho pelas ruas do Brasil no último dia, quando eles deveriam entregá-lo a seu pai para voltar aos Estados Unidos", disse Goldman. "Quem é cruel e quem é exibicionista? Apenas reveja os vídeos daquela cena, (quando) eles arrastaram Sean pelas ruas", disse o americano, referindo-se às imagens transmitidas pelas TVs brasileiras que mostravam Sean cercado por jornalistas.

O menino foi trazido pela mãe, Bruna Bianchi, em 2004, no que seriam férias de duas semanas no País, mas a brasileira se divorciou de David Goldman e se casou com o advogado Paulo Lins. Quase cinco anos depois, ela morreu devido a complicações no parto de outro filho, e a família brasileira iniciou um processo de adoção de Sean. A guarda provisória ficou com o padrasto, mas David Goldman pediu o retorno da criança aos Estados Unidos.

Para Goldman, o Brasil violou uma convenção internacional ao negar devolver seu filho, enquanto avós e padrasto brasileiros alegavam "razões socioafetivas" para ficar com Sean. Após apelos do presidente americano, Barack Obama, e da secretária de Estado, Hillary Clinton, a Justiça brasileira determinou que Sean fosse entregue ao pai biológico, o que aconteceu no Natal de 2009.

Goldman também comentou as ações judiciais movidas pela avó materna de Sean, que acusa o americano de cercear o seu direito de visitar o neto. "Ela está autorizada (a visitá-lo) desde o início, quando Sean e eu retornamos, antes de ela entrar com esses processos", afirmou Goldman. "Nós tentamos abrir um diálogo sobre como ela poderia participar e ter um importante e saudável papel na vida de Sean. Isso incluiria manter encontros com o terapeuta dele e me reconhecer como seu pai", garantiu.

O americano disse que não consegue confiar na família brasileira de seu filho. "Essencialmente, eles me processaram pela custódia (de Sean). Eles queriam férias liberadas com ele, e como eu posso confiar nessas pessoas, sabendo que, enquanto conversamos aqui, eles enchem de processos no Brasil para tê-lo de volta? E se nós não tivéssemos aqui o governo e milhões de pessoas no nosso país - a quem serei eternamente grato - advogando em nossa causa, ele ainda estaria lá (no Brasil), como uma criança americana abduzida", disparou.