O fuzileiro naval Justin Ellsworth, morto no Iraque
O pai do fuzileiro naval norte-americano Justin Ellsworth ganhou na Justiça o direito de ler os e-mails do filho morto --Justin morreu em novembro do ano passado, com a explosão de uma bomba no Iraque.
John Ellsworth, pai do fuzileiro, iniciou então uma batalha judicial contra o Yahoo!, pois afirmava que tinha o direito de ler as mensagens contidas no webmail do filho. A empresa negou acesso, alegando defesa da privacidade dos internautas.
Na semana passada, um juiz de Oakland (Michigan) --cujo nome não foi divulgado pela agência de notícias Associated Press-- ordenou que o Yahoo! deixasse o parente acessar o conteúdo do webmail.
A companhia acatou a decisão, mas afirmou que não mudará sua política de privacidade. Alguns provedores transferem a conta do usuário para um parente próximo em caso de morte, algo que o Yahoo! não faz --suas contas são desativadas caso não sejam utilizadas por 90 dias.
O Yahoo! entregou a John um CD com o equivalente a diversas páginas de texto. John disse que os arquivos contêm apenas mensagens recebidas, e não enviadas, por seu filho.
"Vamos fazer o que pudermos para ajudar John Ellsworth a acessar todos os arquivos do CD", afirmou Mary Osako, porta-voz da companhia. A funcionária também disse que todas as mensagens enviadas e recebidas estão no objeto entregue à família.
Em entrevista à rádio WJR, John Ellsworth afirmou que deve fazer uma espécie de livro de mensagens, com todos os e-mails encorajadores enviados a Justin quando ele estava no Iraque. O fuzileiro afirmou a seu pai que essas mensagens "lhe davam força para continuar".
De acordo com a Associated Press, também há diversas mensagens de pessoas que não conheciam a família no CD, manifestando apoio sobre o caso do acesso ao webmail.