Pais 'analfabetos digitais' prejudicam educação dos filhos

Por Gazeta Admininstrator

Muitas crianças não contam com a ajuda dos pais para usar o computador
Pais que não sabem usar a internet podem fazer com que seus filhos fiquem de fora do mundo digital, de acordo com um estudo da London School of Economics (LSE), na Grã-Bretanha.
O estudo afirma que muitos pais não têm o conhecimento necessário para ajudar seus filhos a usar a internet.

O estudo também mostra que 85% dos pais que participaram da pesquisa querem leis mais fortes para combater a pornografia.

Um em cada cinco entrevistados disse não saber como ajudar os filhos a usar a rede mundial de computadores com segurança, de acordo com o relatório Children Go Online.

Analfabetos

Num projeto que se desenvolveu por dois anos, pesquisadores perguntaram a 1.511 crianças e adolescentes de 9 a 19 anos e a 906 de seus pais sobre a forma como usam a internet.

Entre as crianças e jovens, 98% disseram ter acesso à internet, seja em casa, na escola ou em outro lugar. Aproximadamente um em cada cinco disse ter acesso à internet em seus quartos. Cerca de 25% deles dependiam da escola.

Sonia Livingstone, professora de psicologia social da LSE, disse que muitas pessoas agora usam a internet para obter informações, ajuda com o dever de casa e orientação sobre carreiras.

Assim, o fato de serem "analfabetos digitais" tem um peso maior.

"Não saber fazer o melhor uso da internet pode ter um impacto negativo na educação e nas oportunidades de emprego dos filhos", disse ela.

O estudo também identificou um grupo de "jovens não engajados", com poucas chances de se conectar à internet, que não tinham acesso à rede em casa.

Pais que restringem muito o uso que seus filhos fazem da internet podem fazer com que eles fiquem menos atentos aos riscos que existem na rede, como aqueles representados pelas salas de bate-papo, de acordo com o estudo.

Entre os pais que fizeram parte da pequisa, 86% disseram não deixar que seus filhos forneçam dados pessoais na internet.

Um outro estudo feito em outros países da Europa mostrou que metade dos pais no continente tomavam a mesma medida.