Pais matam filhas palestinas para

Por Gazeta Admininstrator

Três mulheres palestinas foram assassinadas por seus pais em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia por "crimes de defesa da honra", informaram as polícias israelense e palestina nesta segunda-feira.

Em Jabal Mukaber, subúrbio palestino de Jerusalém Oriental, duas irmãs foram mortas pelo pai --que se entregou à polícia e confessou o assassinato. Uma terceira irmã ficou ferida e está no hospital. Segundo um porta-voz da polícia, tudo indica que foi um crime para "salvar a honra da família".

O porta-voz da polícia não deu detalhes sobre a data e razão do crime, mas confirmou que o pai se entregou nesta segunda-feira.

Antes disso, a polícia palestina havia informado outro assassinato, no sábado (30), de uma jovem de 20 anos que também foi morta por seu pai, um cristão palestino, na cidade de Ramallah, na Cisjordânia. O homem, que confessou o assassinato, matou a filha porque ela havia se casado com um muçulmano sem o seu consentimento.

Segundo a fonte, o pai furioso teria batido repetidas vezes na cabeça da jovem com uma barra de ferro, causando traumatismo craniano. Em seguida, ele se entregou à polícia palestina, que o liberou por duas horas nesta segunda-feira para assistir ao funeral da vítima.

Do lado de fora da igreja de Ramallah, sede administrativa da Autoridade Nacional Palestina (ANP), feministas participaram de um protesto contra o assassinato da jovem.

Testemunhas disseram ter corrido para a casa da jovem palestina quando ouviram seus gritos. Mas, ao entrar na casa, encontraram o corpo da palestina sobre uma cama, com o crânio partido, e seu pai, perto dela, com a barra de ferro na mão. "Eu restaurei a honra dos cristãos", teria gritado o pai, segundo as testemunhas.

Cerca de 5% dos 3,7 milhões de palestinos residentes na faixa de Gaza e na Cisjordânia são cristãos. Eles raramente se casam com muçulmanos.