Marisa Arruda Barbosa
Os pais de Janaína Hugon, Brian e Daisy Hugon, têm sido cautelosos ao longo da campanha de arrecadação de fundos para o tratamento de Jana, que recebeu implante de células-tronco na Alemanha, no final de janeiro. O casal mostrou, com transparência, o destino de cada dólar arrecadado, apresentando comprovantes de depósito a estabelecimentos que se envolveram.
O Gazeta tem acompanhado o processo desde o princípio, e tem falado com Daisy, está em Recife, onde ficará por dois meses, com Jana em sessões de fisioterapia no Hospital Português. Jana está passando por sessões de fisioterapia e natação, e tem feito avanços a cada dia, segundo conta Daisy.
Duarante a campanha, enquanto cerca de oito pessoas quiseram manter seus nomes em sigilo, outras quiseram anunciar até demais, conforme conta Daisy, que preferiu não citar nenhum nome. “Minha intenção não é prejudicar ninguém, e sou muito grata a todos, mas em um momento da campanha, Brian e eu tivemos que nos afastar de alguns”.
Daisy disse que até ouviu a sugestão de reverter o valor que sobrasse da campanha, para uma instituição, mas ela foi enfática: “Só estava na campanha para arrecadar o dinheiro da cirurgia e nenhum centavo a mais”, disse. E assim foi.
Por esse motivo, Daisy teve dificuldades após encerrar a campanha, como para conseguir as passagens em classe executiva para a Alemanha e agora para o Brasil. Mas através da ajuda de outras pessoas, que preferiram não ter seus nomes divulgados, Daisy e Jana conseguiram embarcar.
“Nós temos ainda uma dívida com a comunidade, de retribuir tudo que recebemos. Mas queremos fazer isso com responsabilidade para não deixar ninguém de fora”, disse Daisy. “Eu até disse: tem confete para todos, mas se uns quiserem usar o vidrinho inteiro de confete só para si, eu serei injusta com os outros”.
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