Países que compram carne do Brasil serão informados sobre foco de aftosa.

Jamil Gomes de Souza, diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, anunciou, nesta quinta-feira (20), que todos os países que importam carnes do Brasil, estarão sendo informados sobre o surgimento de um novo foco de febre aftosa encontrado no município Ex Girlfriend 2 Months de Japorã, no estado Mato Grosso do Sul.
"Esperamos que não haja um impacto maior do que o já existente. É claro que estamos fazendo as comunicações a todos os países para tranqüilizá-los para que não haja um impacto negativo na já conturbada economia pecuária nacional", disse.

Devido a esse novo foco a recuperação do status sanitário do rebanho como livre de aftosa com vacinação deverá ser adiada. "Nós começamos a contar a recuperação do status a partir do sacrifício do último animal nessa propriedade", completou.

Segundo o diretor do Departamento de Produção Animal do Estado, Antônio Ferreira Neto, com medo de também ser atingido pelo foco, o Rio Grande do Sul já começa a reforçar a vigilância na divisa com Santa Catarina. As regras de circulação de produtos de origem animal já são restritivas desde 2005, quando surgiram os primeiros focos da doença. O Rio Grande do Sul tem sete barreiras na divisa com Santa Catarina e mais de dez em operação na fronteira com a Argentina, anunciou o coordenador do trabalho, Marcelo Fortes.

O principal objetivo da fiscalização será o impedimento do ingresso irregular de carne. Nas últimas duas semanas, foram rejeitados cem mil quilos do produto, recordou Fortes. A maior parte foi incinerada e, em alguns casos, foi determinado o retorno à origem. Como algumas cargas tiveram o selo de inspeção federal adulterado (SIF), é difícil identificar de onde vem a carne, avalia o coordenador, mas já foram encontradas cargas de vários estados como: São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, e Minas Gerais.

Está proibido o ingresso de carne bovina com osso proveniente de qualquer Estado. No caso da carne que não possui osso, só será autorizada a entrada de produto com origem em estabelecimento com inspeção federal fora das áreas de risco, destinado a outra unidade com a mesma classificação, e somente para industrialização.
As regras foram definidas na portaria 295, de novembro de 2005, onde ficou determinado que é proibido a entrada de animais, produtos, subprodutos e materiais de multiplicação animal com origem nos estados: Paraná e Mato Grosso do Sul.