Países tentam chegar a acordo climático

Por Gazeta News

cop21 Foto EuroNews-Flickr
[caption id="attachment_100019" align="alignleft" width="300"] Obama: "Eu estou absolutamente consciente que nós somos uma fonte do problema". Foto: Euronews/Flickr.[/caption]

Depois dos discursos solenes dos 150 líderes mundiais na abertura da Cúpula do Clima em Paris (COP21), que se tornou a maior conferência diplomática da história, chegou a vez dos negociadores alcançarem um acordo que  deverá conter compromissos de redução de emissões de gases de efeito estufa e meios para uma transição energética, de combustíveis fósseis a renováveis, até meados do século.

As 195 nações têm oficialmente até o dia 11 de dezembro para completar as negociações, dirigidas tecnicamente pela Argélia e Estados Unidos.

De forma contrária ao ocorrido na capital dinamarquesa, China e EUA - os principais emissores de gases de efeito estufa - desta vez buscam um acordo.

O presidente chinês, Xi Jinping, convidou os países desenvolvidos a estarem "à altura de seus compromissos" financeiros, pretendendo reunir $100 bilhões de dólares até 2020.

No dia 30, o presidente Barack Obama afirmou que esta é a última geração que poderá enfrentar o desafio de conter o aquecimento global e seus efeitos devastadores.  Nenhuma nação, pequena ou grande, rica ou pobre, está imune", lembrou. "Nós somos a primeira geração a ter detonado o aquecimento climático, mas nós talvez sejamos a última a poder fazer algo para evitá-la".

Obama lembrou ainda os compromissos firmados pelos EUA para reduzir entre 25% e 28% as emissões do país até 2025, em relação a 2005.

"Como uma das primeiras economias do mundo, eu estou absolutamente consciente que nós somos uma fonte do problema", reconheceu.

No mesmo dia, a presidente Dilma Rousseff mencionou que o país fez o desmatamento diminuir cerca de 80% em relação aos níveis verificados antes de 2004. Entretanto, o desmatamento em 2014 subiu 16% em relação ao de 2013, segundo o Ministério do Meio Ambiente.

A presidente destacou a promessa brasileira para 2030, de reduzir em 43% as emissões em comparação com os níveis de 2005, além de recuperar 32 milhões de hectares de florestas e pastagens degradadas.

Dilma também falou sobre a tragédia do rompimento de barragens em Mariana (MG). "A ação irresponsável de umas empresas provocou o maior desastre ambiental na história do Brasil, Estamos reagindo pesado com medidas de punição, apoio às populações atingidas, prevenção de novas ocorrencias e também punindo severamente os responsáveis por essa tragédia".

Fonte: AFP e G1.