Papa destaca reformas econômicas e sociais em Cuba
Procedente do México, o papa chegou a Cuba por volta das 14h30 e foi recebido, ao desembarcar do avião, por Castro e quatro crianças, que abençoou. Em seguida, foi saudado por uma guarda de honra e uma salva de tiros de canhão, no Aeroporto Antonio Maceo, onde o esperava uma multidão de fiéis e autoridades governamentais e eclesiásticas.
“Estou convencido de que Cuba está mirando o amanhã para renovar e alargar seus horizontes, tarefa para a qual contribuirão os valores que caracterizam o povo cubano”, disse o papa, ao final de seu discurso. Bento XVI também ressaltou a veneração que a sociedade da ilha tem por sua padroeira, Nossa Senhora da Caridade.
Depois de destacar que o povo cubano, de convicções profundas, ouvirá o papa com atenção e respeito, o chefe do governo passou a enumerar as dificuldades causadas ao país pelo embargo econômico de mais de meio século, imposto pelos Estados Unidos, país que descreveu como “a potência que tentou, infrutiferamente, despojar Cuba da paz e da justiça”. Castro lembrou que, ao longo dos últimos 14 anos, desde a visita do papa João Paulo II, que antecedeu Bento XVI, os ataques econômicos, políticos e financeiros a Cuba continuam e até “endureceram”.
Depois da cerimônia de boas-vindas, transmitida ao vivo por vários canais da região, Bento XVI seguiu, no papamóvel, para a sede do Arcebispado de Santiago de Cuba. No trajeto, ele foi saudado por uma multidão de fiéis, que formava cordões humanos em ambos os lados do caminho. Bandeiras e cartazes de boas-vindas foram vistos desde a manhã do dia 26, em diversas cidades cubanas.
